127ISSN 0326-2383 PALAVRAS CHAVE: Estado nutricional; Saúde do idoso; Uso de medicamentos. KEY WORDS: Drug utilization; Elderly health; Nutritional status. * Autor a quem correpondência deve ser enviada: E-mail: andreiaribeiro@hotmail.com Latin American Journal of Pharmacy (formerly Acta Farmacéutica Bonaerense) Lat. Am. J. Pharm. 29 (1): 127-31 (2010) Short communication Received: December 1, 2008 Accepted: August 11, 2009 Estado Nutricional e Uso de Medicamentos por Idosos Marina Q. FARIA 1, Sylvia C.C. FRANCESCHINI 2 & Andréia Q. RIBEIRO *2 1 R. Montes Claros, n. 1313/ 302, Anchieta, Belo Horizonte, MG, CEP 30310370, Brasil. 2 Departamento de Nutrição e Saúde, Universidade Federal de Viçosa. Av. PH Rolfs, Campus da UFV, Viçosa, MG, CEP 36570-000, Brasil. RESUMO. O aumento da freqüência das doenças crônico-degenerativas associadas ao envelhecimento im- plica, muitas vezes, no uso contínuo de fármacos. Paralelamente, os idosos são mais propensos a alterações nutricionais, devido a distintos fatores. De acordo com a literatura, as alterações nutricionais com influên- cia potencial no efeito de um maior número de fármacos são as mudanças na concentração de proteínas plasmáticas -hipoalbuminemia e alterações na α-glicoproteína ácida e na composição corporal. Tais alte- rações podem modificar os efeitos de agentes sedativos, cardiovasculares, diuréticos, entre outros. A consi- deração desses aspectos é fundamental para melhorar o uso de medicamentos entre idosos. SUMMARY. “Nutritional Status and Use of Drugs by Elders”. The frequency increase of chronic degenerative diseases associated with elderly usually implies the continuous use of medicines. Elders are more prone to nutri- tional changes as a function of different factors. According to the literature, the nutritional changes with potential influence in the effect of most drugs are the modification in the concentration of plasmatic proteins -hypoalbu- minemia and acid α-1-glycoprotein-, and in the body composition. Such alterations may modify the effects of sedative, cardiovascular agents, anticonvulsives, and diuretics, among others. Consideration of these aspects is a basic condition to improve the use of medicines among elderly people. INTRODUÇÃO O envelhecimento das populações é um fe- nômeno mundial que delineia um conjunto de desafios para as sociedades. Dentre esses, desta- ca-se a garantia da saúde e da qualidade de vi- da da população idosa. O processo de envelhecimento é freqüente- mente acompanhado de múltiplas doenças crô- nico-degenerativas que requerem tratamento es- pecífico e implicam, muitas vezes, no uso contí- nuo de fármacos 1. Paralelamente, devido a vá- rios fatores que levam a dietas inadequadas, os idosos são muito propensos a alterações nutri- cionais, que podem propiciar o acometimento de uma ampla variedade de doenças as quais podem agravar seu estado nutricional 2,3. As al- terações nutricionais no envelhecimento, asso- ciadas às mudanças no metabolismo dos fárma- cos e alimentos, podem levar a várias complica- ções como reações adversas, interações fárma- co/fármaco e fármaco/nutriente 4-6. As interações fármaco-nutrientes podem alte- rar tanto a farmacocinética quanto a farmacodi- nâmica. Do ponto de vista clínico, podem resul- tar em dois desfechos principais, quais sejam re- dução ou aumento da biodisponibilidade do fár- maco. No primeiro caso, pode predispor a falha terapêutica, enquanto no segundo há um au- mento do risco de eventos adversos ou mesmo toxicidade. Ainda há uma escassez de estudos bem conduzidos acerca das interações fármaco- nutrientes, sobretudo na população idosa. Ape- sar disso, há evidências de que os principais fár- macos envolvidos nessas interações incluem agentes do sistema nervoso (diazepam, midazo- lan), cardiovasculares (digoxina, β-bloqueado- 128 FARIA M.Q., FRANCESCHINI S.C.C. & RIBEIRO A.Q. res, diuréticos e bloqueadores dos canais de cál- cio), antiinfecciosos (tetraciclinas e macrolí- deos), antineoplásicos e imunossupressores (com destaque para a ciclosporina) 1,4-11. INFLUÊNCIA DO ESTADO NUTRICIONAL NA TERAPIA FARMACOLÓGICA O estado nutricional expressa o grau no qual as necessidades fisiológicas por nutrientes são alcançadas para manter as funções adequadas do organismo, resultando do equilíbrio entre in- gestão e necessidade de nutrientes 12. Ele tem importante papel na resposta apropriada à tera- pia farmacológica 7, podendo influenciar a ação dos fármacos por alterar a absorção, a distribui- ção, a biotransformação ou excreção dos mes- mos 5. A distribuição e a depuração de medica- mentos são mais comumente influenciadas pelas deficiências nutricionais do que a absorção 8. A ingestão de nutrientes como proteínas, li- pídeos, minerais e vitaminas em quantidade e qualidade adequadas é importante para a manu- tenção do estado nutricional. No idoso, o reque- rimento nutricional é diferenciado, devido, prin- cipalmente, a diminuição do metabolismo basal 5. Ademais, os idosos representam um grupo vulnerável ao risco de deficiências nutricionais devido às mudanças na composição corporal, no trato gastrintestinal, funções sensoriais e re- gulação eletrolítica. Essas mudanças podem ser decorrentes de doenças crônicas, efeitos de me- dicamentos e hospitalizações e como resultado de fatores psicossociais 9,13,14. Alterações nutricionais comuns nos idosos e sua influência potencial na ação dos fármacos Desnutrição A desnutrição é uma condição clínica em que ocorre desequilíbrio entre ingestão e neces- sidade nutricional, resultando na perda exagera- da de nutrientes. Cerca de 30 a 40% dos ho- mens e mulheres acima de 75 anos apresentam perda ponderal de aproximadamente 10%. A desnutrição ocorre em 2 a 10% dos idosos sau- dáveis, alcançando prevalências de 30 a 60% na- queles institucionalizados 3. As causas da deficiência nutricional no idoso são multifatoriais e refletem prejuízos físicos e psicológicos, bem como influências psicosso- ciais 13. A principal causa é a anorexia. Os re- ceptores gustativos têm sua função diminuída com o envelhecimento, comprometendo a qua- lidade estimulante do apetite contida nos ali- mentos. Também se observa retardo do esvazia- mento gástrico, com aumento da saciedade e da saciação. A perda dos dentes e afecções da cavi- dade oral podem causar dor e dificuldade para mastigar e deglutir, estando associadas à desnu- trição 12. A desnutrição predispõe a uma série de complicações, incluindo diminuição da síntese de proteínas hepáticas com produção de meta- bólitos anormais, diminuição da filtração glome- rular e da produção de suco gástrico 12. Estas podem influenciar na distribuição, excreção e absorção de fármacos, respectivamente. Hipoalbuminemia e alterações da glicoproteí- na α-1 ácida. Idosos com desnutrição têm suas proteínas plasmáticas reduzidas, especialmente albumina e possivelmente a glicoproteína α-1 ácida, apesar de que processos inflamatórios, freqüentemente presentes em idosos frágeis, são acompanhados pelo aumento de glicoproteína α-1 ácida 9. A concentração da albumina plas- mática reduz-se de 15% a 20%, em comparação com indivíduos abaixo dos 40 anos 15. A síntese hepática de proteína pode estar modificada, me- nor teor de albumina e enzimas pode estar sen- do produzido ou albumina com estrutura anor- mal pode ser sintetizada 9. Além da redução primária da albumina, a hi- poalbuminemia nos idosos pode resultar de causas secundárias, como hepatopatia crônica, infecções, infarto miocárdico, redução da síntese e/ou aumento do catabolismo protéico e elimi- nação excessiva de proteínas 15. A redução dos níveis plasmáticos de albumina e outras proteí- nas determina aumento da fração livre do fár- maco e, conseqüentemente, efeitos farmacológi- cos mais intensos para qualquer dose adminis- trada, com mais efeitos colaterais 15, especial- mente para fármacos com baixo índice terapêu- tico, como digitálicos, anticoagulantes e lítio 9. Quando mais de um fármaco de alta ligação a proteínas plasmáticas é utilizado, estes compe- tem pelos sítios de ligação escassos das proteí- nas, aumentando o risco de toxicidade 10. Em teoria, seria de se esperar eliminação mais acelerada, nos idosos, dos agentes com al- ta ligação protéica, pois os níveis mais elevados da fração livre, em presença de hipoalbumine- mia, estão sujeitos a biotransformação e excre- ção mais intensos. Entretanto, outros fatores de- vem influir em sentido oposto, pois a depuração desses fármacos não se altera, ou mesmo se re- duz 15. 129 Latin American Journal of Pharmacy - 29 (1) - 2010 Alterações na composição corporal. Com o envelhecimento ocorre aumento na gordura cor- poral total e redução do tecido muscular. A últi- ma ocorre, principalmente, em virtude da dimi- nuição da atividade física e da taxa metabólica basal 14. A massa muscular constitui cerca de 82% do peso corpóreo ideal em adultos jovens, porém apenas 64% em idosos. Com o envelhe- cimento, a proporção de tecido adiposo aumen- ta de 18% para 36% no homem e de 33% para 45% na mulher. Assim, fármacos altamente li- possolúveis, como diazepam, vitaminas liposso- lúveis, barbitúricos e lidocaína apresentam volu- me de distribuição aumentado, com maior dura- ção da ação e da meia-vida de eliminação 15,16. O envelhecimento acarreta redução de água corpórea total de 10% a 15% e diminuição do volume plasmático 15. A biodisponibilidade de fármacos hidrossolúveis administrados por via oral, tais como cimetidina e digitálicos, pode es- tar aumentada, devido à redução em seu volu- me de distribuição, com altas concentrações plasmáticas e efeitos terapêuticos mais intensos 7,17,18. Devido a essas alterações, ajustes de doses podem ser necessários para que esses fármacos sejam efetivos 18. Deficiência de proteínas e micronutrientes. Os idosos são, com razoável freqüência, subnu- tridos, ingerindo dieta pobre em proteínas, o que pode determinar produção de urina alcalina e favorecer a reabsorção de compostos alcali- nos, prolongando a meia-vida destes no orga- nismo 16. Dietas com alto teor de proteína e baixo teor de carboidratos podem aumentar a velocidade do metabolismo do fármaco, enquanto dietas com baixo teor de proteína e alto teor de car- boidratos favorecem o oposto. Proteínas e ou- tros nutrientes podem influenciar na atividade enzimática do citocromo P450. Micronutrientes (zinco, magnésio, ácido ascórbico e riboflavina) são importantes na biotransformação hepática de fármacos. O zinco, por exemplo, é essencial para enzimas específicas associadas às fases I e II no processo de biotransformação 5. Alterações da função renal. Os mecanismos de transporte de ácidos e bases orgânicas po- dem não estar completamente funcionais ou es- tarem modificados pela desnutrição. A excreção prejudicada dos fármacos pode levar ao aumen- to da meia vida plasmática com risco de toxici- dade 9. Desidratação Idosos gravemente desidratados podem apresentar acentuada redução adicional na de- puração renal de fármacos, podendo resultar em importantes reações adversas 16. Obesidade A obesidade influencia a distribuição e o efeito dos medicamentos 8. Com o aumento da gordura corporal, fármacos lipossolúveis, como os benzodiazepínicos, são seqüestrados de for- ma crescente e o tempo de meia vida, bem co- mo a duração da ação são significativamente au- mentados. Fármacos mais hidrofílicos e com menor tempo de meia vida devem ser preferi- dos no tratamento dos idosos 11. Grupos farmacológicos que podem ter seu efeito alterado pelo estado nutricional A hipoalbuminemia e as alterações na glico- proteína α-1 ácida são as alterações mais referi- das como interferentes na ação dos medicamen- tos (Tabela 1). Na seqüência, aparecem as mudanças na composição corporal dos idosos, as quais po- dem alterar o volume de distribuição de fárma- cos. Tais alterações podem modificar os efeitos de agentes sedativos, cardiovasculares, anticon- vulsivantes, diuréticos, antiinflamatórios não-es- teróides (AINE), entre outros. Os mecanismos envolvidos neste tipo de interação são diversos, sendo freqüentes aqueles que modificam a dis- tribuição e eliminação dos fármacos. Entre os fármacos mais citados destaca-se a varfarina. A desnutrição e a deficiência inespera- da de vitamina k podem levar ao aumento ou diminuição do tempo de pró-trombina 19,20. Os digitálicos também estão entre os fárma- cos amplamente utilizados pelos idosos e que sofrem influência do estado nutricional. A dose de ataque da digoxina no idoso com insuficiên- cia cardíaca deve ser reduzida (ou não utilizada) devido à diminuição do volume aparente de distribuição, causada pela redução da água cor- pórea total 16. CONCLUSÃO Profissionais de saúde exercem papel funda- mental na prevenção da morbidade relacionada à farmacoterapia. No entanto, é consenso na li- teratura de que as interações entre estado nutri- cional e uso de medicamentos ainda são pouco discutidas. Pesquisadores apontam, ainda, dificuldade de obtenção de informações sobre essa temáti- 130 FARIA M.Q., FRANCESCHINI S.C.C. & RIBEIRO A.Q. Classe (ATC) Medicamento Estado Nutricional Provável Mecanismo Conseqüências Trato Alimentar Vitaminas gordura corporal volume de Efeito terapêutico e Metabolismo lipossolúveis distribuição prolongado 16 Cimetidina ↓ água corpórea ↓ volume de Risco de toxicidade 9 total distribuição. fração livre de fármaco. Sulfoniluréias Hipoalbuminemia fração livre Risco de toxicidade 9,18 de fármaco. Sangue e órgãos Varfarina Hipoalbuminemia fração livre Efeitos farmacológicos hematopoiéticos de fármaco. mais intensos para qualquer dose, efeitos colaterais 9,10,15,16,18-20 Agentes Digoxina, digitoxina, Hipoalbuminemia fração livre de Efeitos farmacológicos cardiovasculares quinidina, fármaco. mais intensos para hidralazina e qualquer dose, efeitos prazosina colaterais 9,10,15 Digitálicos (digoxina) ↓água corpórea ↓ volume de Risco de toxicidade 9,16,18 total distribuição diminuído. ? fração livre de fármaco. Propranolol glicoproteína ↓ fração livre e α-1 ácida biologicamente ativa 18 Agentes Furosemida, Hipoalbuminemia Aumento da fração Efeitos farmacológicos cardiovasculares clortalidona, livre de fármaco. mais intensos para espironolactona qualquer dose, efeitos colaterais 9 Sistema músculo- AINE Hipoalbuminemia fração livre Efeitos adversos sobre esquelético de fármaco. sistema nervoso central e risco elevado de agranulocitose 17,18 Sistema Benzodiazepínicos gordura corporal volume de Meia vida mais longa, nervoso de longa ação distribuição. podendo levar à sedação (diazepam e diurna e risco de quedas flurazepam) e fraturas ósseas 9,11,17 Barbirtúricos gordura corporal volume de Efeito terapêutico distribuição. prolongado 16 Fenitoína Hipoalbuminemia da fração Aumento dos efeitos livre de fármaco. colaterais: confusão, sonolência, ataxia 10 Anestésicos gordura corporal volume de Efeito terapêutico lipofílicos distribuição. prolongado 16 Sistema Lidocaína gordura corporal volume de Efeito terapêutico nervoso distribuição. prolongado 9 glicoproteína ↓ fração livre e α-1 ácida biologicamente ativa devido ao aumento desta proteína 18 Morfina e ↓água corpórea Volume de distribuição Risco de toxicidade 9 paracetamol total diminuído. Aumento da fração livre de fármaco. Lítio Hipoalbuminemia da fração livre Risco de toxicidade 9 de fármaco. Flufenazina Redução de ligação da fração às proteínas livre de fármaco 16 plasmáticas. Sistema Teofilina Hipoalbuminemia da fração livre Risco de toxicidade 9 respiratório de fármaco. Tabela 1. Grupos farmacológicos que podem ter seu efeito alterado pelo estado nutricional. ATC: Anatomical Therapeutic and Chemical Classification; ↓: aumento; redução; AINE: antiinflamatórios não esteróides. ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ 131 Latin American Journal of Pharmacy - 29 (1) - 2010 ca, sobretudo para idosos. Embora a idade seja um dos fatores mais importantes na morbimor- talidade, os idosos são geralmente excluídos dos grandes ensaios clínicos terapêuticos. Somente há pouco tempo tem havido maior exigência, por parte das agências regulatórias de medica- mentos, para que tal situação seja modificada. Observa-se que muitos fármacos continua- mente usados por idosos podem ter seu efeito modificado pelos distúrbios nutricionais. No en- tanto, pouco se conhece sobre a magnitude des- sas interações, bem como sua relevância na prá- tica da atenção à saúde. Novos estudos são ne- cessários no sentido de se aprofundar esse co- nhecimento. Não obstante, a observação dessas interações na prática profissional é fundamental para a adequada atenção aos idosos. Nesse sentido, a abordagem multiprofissional deve ser enfatizada como estratégia relevante. O acompanhamento farmacoterapêutico e nutricional, por exemplo, podem contribuir na identificação de problemas relacionados a medicamentos, de subgrupos com alterações nutricionais significativas e que podem impactar negativamente o sucesso da farmacoterapia. REFERÊNCIAS 1. Marucci, M.F.N. & M.M.B.C. Gomes (2007) “In- teração droga-nutriente em idosos”, in “Trata- do de Gerontologia”, (M.P. Netto, ed.), 2ª ed., Ed. 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