II Encuentro Internacional de Historiadores Jóvenes sobre Sociedades Precapitalistashttp://sedici.unlp.edu.ar:80/handle/10915/745952024-03-28T12:45:14Z2024-03-28T12:45:14ZTecnologia, campesinato e senhorioFerreira, Álvaro M.http://sedici.unlp.edu.ar:80/handle/10915/747922019-05-06T20:01:33Z2013-01-01T00:00:00ZObjeto de conferencia
II Encuentro Internacional de Historiadores Jóvenes sobre Sociedades Precapitalistas (Niterói, 2013)
Não sendo eu marxista – pace colegas – e, ainda por cima, refestelando na indecência do ecletismo teórico, em cuja defesa a única figura digna que encontrei até hoje foi Leszek Kołakowski, proporei a título de reflexão e de debate – mas também de provocação... – algumas considerações acerca do caráter basilar da tecnologia, sobremodo agrária, para a sociedade medieval. Nesse sentido, muitas das abordagens aqui expostas estão propositalmente, caricaturalmente até, enviesadas em favor das técnicas. Que o debate as coloque na justa medida!
2013-01-01T00:00:00ZNão sendo eu marxista – pace colegas – e, ainda por cima, refestelando na indecência do ecletismo teórico, em cuja defesa a única figura digna que encontrei até hoje foi Leszek Kołakowski, proporei a título de reflexão e de debate – mas também de provocação... – algumas considerações acerca do caráter basilar da tecnologia, sobremodo agrária, para a sociedade medieval. Nesse sentido, muitas das abordagens aqui expostas estão propositalmente, caricaturalmente até, enviesadas em favor das técnicas. Que o debate as coloque na justa medida!A construção do projeto político avisino pela via letrada: a teoria política como promotora de consenso no Estado português baixo-medievalCarvalho, João C. L.http://sedici.unlp.edu.ar:80/handle/10915/747912019-05-06T20:01:34Z2013-01-01T00:00:00ZObjeto de conferencia
II Encuentro Internacional de Historiadores Jóvenes sobre Sociedades Precapitalistas (Niterói, 2013)
Diferentes caracterizações históricas já foram atribuídas aos Avis, segunda dinastia a governar o reino de Portugal durante a Idade Média. Perspectivas que vão desde os que veem na ascensão de D. João I o marco gerador da Modernidade portuguesa, aos que, sob a mitificada perfeição de D. João II (bisneto do primeiro), categorizam longos períodos do século XV como verdadeiros retrocessos no que se identifica como o legado avisino ao reino peninsular. Dentre as supostas pedras preciosas desse legado estariam a supressão do senhorialismo, o fortalecimento e a centralização do Estado, e a constituição de uma unidade política que superaria “resquícios do feudalismo” antes do alvorecer do século XVI. Dessa forma, “o elogio do Estado moderno centralizador estabeleceu uma chave de leitura histórica poderosa que associou de forma indelével, por um lado, poder público e centralização política e, por outro, descentralização e poder privatizado.” Contudo, mesmo que historiograficamente consagradas, e insistentemente reproduzidas nas mais recentes análises históricas sobre o Portugal baixo-medieval, existem consideráveis equívocos em muitas das premissas sob as quais as estruturas estatais avisinas costumam ser compreendidas.
2013-01-01T00:00:00ZDiferentes caracterizações históricas já foram atribuídas aos Avis, segunda dinastia a governar o reino de Portugal durante a Idade Média. Perspectivas que vão desde os que veem na ascensão de D. João I o marco gerador da Modernidade portuguesa, aos que, sob a mitificada perfeição de D. João II (bisneto do primeiro), categorizam longos períodos do século XV como verdadeiros retrocessos no que se identifica como o legado avisino ao reino peninsular. Dentre as supostas pedras preciosas desse legado estariam a supressão do senhorialismo, o fortalecimento e a centralização do Estado, e a constituição de uma unidade política que superaria “resquícios do feudalismo” antes do alvorecer do século XVI. Dessa forma, “o elogio do Estado moderno centralizador estabeleceu uma chave de leitura histórica poderosa que associou de forma indelével, por um lado, poder público e centralização política e, por outro, descentralização e poder privatizado.” Contudo, mesmo que historiograficamente consagradas, e insistentemente reproduzidas nas mais recentes análises históricas sobre o Portugal baixo-medieval, existem consideráveis equívocos em muitas das premissas sob as quais as estruturas estatais avisinas costumam ser compreendidas.Abusos da nobreza e disputa por hegemonia: as inquirições de Afonso III (apontamentos sobre o julgado de Baião – 1258)Magela, Thiagohttp://sedici.unlp.edu.ar:80/handle/10915/747902019-05-06T20:01:35Z2013-01-01T00:00:00ZObjeto de conferencia
II Encuentro Internacional de Historiadores Jóvenes sobre Sociedades Precapitalistas (Niterói, 2013)
Os rumos de uma pesquisa são sempre direcionados por visões de mundo (teorias explicativas da realidade), experiências de vida, ideologias etc. Ou seja, o historiador é um homem de seu tempo, e aqui neste trabalho não é diferente. As contradições do mundo atual nos remetem a problemáticas que buscamos no passado por demandas individuais e/ou sociais. A ciência História nasceu assim das contradições de sua época, o século XIX e suas múltiplas demandas por criação de identidades nacionais.
Dito isto, o que nos interessa aqui é perceber que no atual momento Portugal se encontra fragilizado por pressões exteriores, e os donos do Capital avançam a passos largos na opressão da classe trabalhadora. O Estado virou um fantoche dos “donos do poder”, numa alusão ao livro de Raimundo Faoro. A “crise” e a “troika”, os cortes na educação, tudo isso nos remete a refletir e repensar o nosso presente. E assim, observar que o passado não é um campo neutro, mas um campo de luta de classes no qual o controle da memória é um mecanismo de dominação social.
Em meio às tormentas na União Européia, o historiador britânico Hobsbawm nos propicia um alento. Segundo o autor, “redescobrimos que o capitalismo não é a solução, mas o problema”.
A afirmação deste consagrado autor é a chave inicial, afinal “a anatomia do homem é chave para a anatomia do macaco”.O presente explica o passado.Sendo assim, o Estado na sua configuração medieval precisa ainda ser explicado. O desenvolvimento e/ou advento do capitalismo transformou o Estado em um joguete manipulado pelos donos do Capital, embora, a falsa democracia liberal crie uma ilusão de igualdade aceita pelas massas. Entretanto, nos remetendo ao nosso objeto de estudo - as sociedades pré-capitalistas- atentemos para o processo de disputa pelo poder que pode e deve ser analisado.
Sendo assim, remetemo-nos ao Portugal dos Duzentos, marcado por conflitos e tensões de várias ordens. A necessidade de compreender essa dinâmica de poder das classes dominantes nos levou até as inquirições levadas a cabo por Afonso III em 1258. Convém lembrar que as inquirições não podem ser entendidas como um fenômeno isolado, criado por este monarca português, já que se configurou como continuação da política de seu pai, Afonso II. Convém lembrar que o reinado de Sancho II foi um período de “anarquia” segundo a historiografia dedicada ao tema.E essa medida auxiliou o monarca a levar a frente algumas decisões políticas.
A ascensão de ao poder Afonso III (1248-1279) marca um momento crucial para o estado medieval português. Todavia, nesta comunicação recuaremos um pouco mais até o reinado de Afonso II(1211-1223), período esclarecedor para a configuração das políticas levadas a cabo pelo Estado baixo medieval português em especial no período de Afonso III.
2013-01-01T00:00:00ZOs rumos de uma pesquisa são sempre direcionados por visões de mundo (teorias explicativas da realidade), experiências de vida, ideologias etc. Ou seja, o historiador é um homem de seu tempo, e aqui neste trabalho não é diferente. As contradições do mundo atual nos remetem a problemáticas que buscamos no passado por demandas individuais e/ou sociais. A ciência História nasceu assim das contradições de sua época, o século XIX e suas múltiplas demandas por criação de identidades nacionais.
Dito isto, o que nos interessa aqui é perceber que no atual momento Portugal se encontra fragilizado por pressões exteriores, e os donos do Capital avançam a passos largos na opressão da classe trabalhadora. O Estado virou um fantoche dos “donos do poder”, numa alusão ao livro de Raimundo Faoro. A “crise” e a “troika”, os cortes na educação, tudo isso nos remete a refletir e repensar o nosso presente. E assim, observar que o passado não é um campo neutro, mas um campo de luta de classes no qual o controle da memória é um mecanismo de dominação social.
Em meio às tormentas na União Européia, o historiador britânico Hobsbawm nos propicia um alento. Segundo o autor, “redescobrimos que o capitalismo não é a solução, mas o problema”.
A afirmação deste consagrado autor é a chave inicial, afinal “a anatomia do homem é chave para a anatomia do macaco”.O presente explica o passado.Sendo assim, o Estado na sua configuração medieval precisa ainda ser explicado. O desenvolvimento e/ou advento do capitalismo transformou o Estado em um joguete manipulado pelos donos do Capital, embora, a falsa democracia liberal crie uma ilusão de igualdade aceita pelas massas. Entretanto, nos remetendo ao nosso objeto de estudo - as sociedades pré-capitalistas- atentemos para o processo de disputa pelo poder que pode e deve ser analisado.
Sendo assim, remetemo-nos ao Portugal dos Duzentos, marcado por conflitos e tensões de várias ordens. A necessidade de compreender essa dinâmica de poder das classes dominantes nos levou até as inquirições levadas a cabo por Afonso III em 1258. Convém lembrar que as inquirições não podem ser entendidas como um fenômeno isolado, criado por este monarca português, já que se configurou como continuação da política de seu pai, Afonso II. Convém lembrar que o reinado de Sancho II foi um período de “anarquia” segundo a historiografia dedicada ao tema.E essa medida auxiliou o monarca a levar a frente algumas decisões políticas.
A ascensão de ao poder Afonso III (1248-1279) marca um momento crucial para o estado medieval português. Todavia, nesta comunicação recuaremos um pouco mais até o reinado de Afonso II(1211-1223), período esclarecedor para a configuração das políticas levadas a cabo pelo Estado baixo medieval português em especial no período de Afonso III.Relações de dominação no mundo visigodo (séculos V-VII)Daflon, Eduardo C.http://sedici.unlp.edu.ar:80/handle/10915/747892019-05-06T20:01:36Z2013-01-01T00:00:00ZObjeto de conferencia
II Encuentro Internacional de Historiadores Jóvenes sobre Sociedades Precapitalistas (Niterói, 2013)
A pesquisa histórica deve ser aquela que se preocupa com as problemáticas do presente, buscando compreendê-lo a partir do olhar sobre o passado, por mais remoto que ele seja. Agindo sempre como o “monstro da lenda”, ao qual Bloch fez alusão em seu célebre texto, encontrando sua presa onde farejar carne humana1, não importa quando!Tendo essa preocupação em mente é que se desenvolveu esse texto, buscando fundar no “ontem” uma reflexão mais adequada sobre o “hoje”.
Nessa primeira década do século XXI colhemos os frutos dos anos de 1980-1990,os quais foram palco do início das chamadas reformas neoliberais, primeiro na Inglaterra e nos EUA e, mais tarde, no Brasil e em outros países latino-americanos. Ou seja, nesses últimos trinta anos, vemos um progressivo ataque ao Estado de Bem-Estar Social pelas políticas neoliberais que vêm sendo implantadas com maior ou menor sucesso,e mobilizando um número maior ou menor de manifestações contrárias.
Dessa maneira, penso que temos de fato um grande debate em aberto e que está em disputa, não só nesse brevíssimo texto, ou em tantas outras obras mais densas, mas também nas próprias ruas e no cotidiano de luta das pessoas. O debate em questão é sobre o papel do Estado na sociedade capitalista contemporânea, extremamente desenvolvida e integrada em escala global.
2013-01-01T00:00:00ZA pesquisa histórica deve ser aquela que se preocupa com as problemáticas do presente, buscando compreendê-lo a partir do olhar sobre o passado, por mais remoto que ele seja. Agindo sempre como o “monstro da lenda”, ao qual Bloch fez alusão em seu célebre texto, encontrando sua presa onde farejar carne humana1, não importa quando!Tendo essa preocupação em mente é que se desenvolveu esse texto, buscando fundar no “ontem” uma reflexão mais adequada sobre o “hoje”.
Nessa primeira década do século XXI colhemos os frutos dos anos de 1980-1990,os quais foram palco do início das chamadas reformas neoliberais, primeiro na Inglaterra e nos EUA e, mais tarde, no Brasil e em outros países latino-americanos. Ou seja, nesses últimos trinta anos, vemos um progressivo ataque ao Estado de Bem-Estar Social pelas políticas neoliberais que vêm sendo implantadas com maior ou menor sucesso,e mobilizando um número maior ou menor de manifestações contrárias.
Dessa maneira, penso que temos de fato um grande debate em aberto e que está em disputa, não só nesse brevíssimo texto, ou em tantas outras obras mais densas, mas também nas próprias ruas e no cotidiano de luta das pessoas. O debate em questão é sobre o papel do Estado na sociedade capitalista contemporânea, extremamente desenvolvida e integrada em escala global.Pecado e penitência na hagiografia visigoda: a salvação do monge beberrão nas Vitas
Sanctorum Patrum EmeretensiumPaiva, Vanessa G.http://sedici.unlp.edu.ar:80/handle/10915/747032019-05-02T20:01:29Z2013-01-01T00:00:00ZObjeto de conferencia
II Encuentro Internacional de Historiadores Jóvenes sobre Sociedades Precapitalistas (Niterói, 2013)
Esta comunicação representa um breve resumo de nosso trabalho de conclusão do curso de graduação em História, desenvolvido no âmbito do Programa de Estudos Medievais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Trata-se da análise do relato do monge bêbado de Cauliana, um dos opúsculos a integrar o conjunto hagiográfico Vidas dos Santos Padres de Mérida, documento de autoria anônima produzido no reino visigodo estimativamente entre 633 e 638.
Tratando centralmente dos feitos e virtudes dos bispos emeritenses do século VI, tem seu valor histórico recorrentemente ressaltado, devido a elementos que se podem confirmar amplamente pelo cotejamento com outros escritos e com a cultura material, tais como lugares, eventos e personagens.2
2013-01-01T00:00:00ZEsta comunicação representa um breve resumo de nosso trabalho de conclusão do curso de graduação em História, desenvolvido no âmbito do Programa de Estudos Medievais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Trata-se da análise do relato do monge bêbado de Cauliana, um dos opúsculos a integrar o conjunto hagiográfico Vidas dos Santos Padres de Mérida, documento de autoria anônima produzido no reino visigodo estimativamente entre 633 e 638.
Tratando centralmente dos feitos e virtudes dos bispos emeritenses do século VI, tem seu valor histórico recorrentemente ressaltado, devido a elementos que se podem confirmar amplamente pelo cotejamento com outros escritos e com a cultura material, tais como lugares, eventos e personagens.2Relações de dependência pessoal: totalidade social e dinâmica histórica na Alta Idade Média IbéricaPachá, Paulohttp://sedici.unlp.edu.ar:80/handle/10915/747022019-05-02T20:01:30Z2013-01-01T00:00:00ZObjeto de conferencia
II Encuentro Internacional de Historiadores Jóvenes sobre Sociedades Precapitalistas (Niterói, 2013)
Se existisse para a historiografia do alto-medievo algo como o famoso o debate entre primitivistas e modernistas que divide o campo da historiografia dedicada à Antiguidade, o episódio acima seria uma peça central do mesmo. O exercício de imaginar como cada uma dessas correntes analisaria o relato acima pode redundar em uma proposta de análise diversa. Assim, Primitivistas caracterizariam tal relato como uma aberração, sendo inconcebível a presença de mercadores oriundos de uma região tão distante quanto à Grécia e as menções explícitas a dinheiro. Estas desafiariam qualquer visão que projete uma imagem de Alta Idade Média pautada pela noção de economia natural.
Modernistas, por outro lado, requisitariam o relato como uma demonstração cabal da presença e importância de elementos como comércio e dinheiro, esquecendo que sua simples menção não deveriam implicar em uma transposição imediata das categorias modernas. O final do relato, no entanto, não poderia ser explicado nesse mesmo quadro de referências.
2013-01-01T00:00:00ZSe existisse para a historiografia do alto-medievo algo como o famoso o debate entre primitivistas e modernistas que divide o campo da historiografia dedicada à Antiguidade, o episódio acima seria uma peça central do mesmo. O exercício de imaginar como cada uma dessas correntes analisaria o relato acima pode redundar em uma proposta de análise diversa. Assim, Primitivistas caracterizariam tal relato como uma aberração, sendo inconcebível a presença de mercadores oriundos de uma região tão distante quanto à Grécia e as menções explícitas a dinheiro. Estas desafiariam qualquer visão que projete uma imagem de Alta Idade Média pautada pela noção de economia natural.
Modernistas, por outro lado, requisitariam o relato como uma demonstração cabal da presença e importância de elementos como comércio e dinheiro, esquecendo que sua simples menção não deveriam implicar em uma transposição imediata das categorias modernas. O final do relato, no entanto, não poderia ser explicado nesse mesmo quadro de referências.As grandes revoltas de escravos na Roma Antiga e o seu impacto sobre a ideologia dominante e a política da classe dominante romanaRossi, Rafael A.http://sedici.unlp.edu.ar:80/handle/10915/747012019-05-02T20:01:31Z2013-01-01T00:00:00ZObjeto de conferencia
II Encuentro Internacional de Historiadores Jóvenes sobre Sociedades Precapitalistas (Niterói, 2013)
O presente artigo é produto de uma pesquisa empreendida sobre as revoltas de escravos ocorridas em fins da República Romana e seu significado. Ela resume a dissertação de mestrado redigida recentemente sobre o tema e foi apresentado como comunicação no XXI Ciclo de Debates do LHIA/UFRJ. Este artigo tenta dar conta de seus aspectos centrais, bem como divulgar o estudo realizado para provocar o debate.
2013-01-01T00:00:00ZO presente artigo é produto de uma pesquisa empreendida sobre as revoltas de escravos ocorridas em fins da República Romana e seu significado. Ela resume a dissertação de mestrado redigida recentemente sobre o tema e foi apresentado como comunicação no XXI Ciclo de Debates do LHIA/UFRJ. Este artigo tenta dar conta de seus aspectos centrais, bem como divulgar o estudo realizado para provocar o debate.Crise(s) agrária(s) na Etrúria Meridional: modelos e indíciosKnust, José Ernesto M.http://sedici.unlp.edu.ar:80/handle/10915/747002019-05-02T20:01:34Z2013-01-01T00:00:00ZObjeto de conferencia
II Encuentro Internacional de Historiadores Jóvenes sobre Sociedades Precapitalistas (Niterói, 2013)
Boa parte da historiografia do século passado que se dedicou à História Agrária da Itália Romana caracterizou o período de conquista romana como uma História de Crise e Transição de padrão fundiário. Isto é, segundo a tese clássica de Crise do Campesinato, o período de expansão do poder romano sobre a Itália seria marcado por um processo de crise do campesinato italiano. Por um lado, esta crise estaria relacionada aos constantes conflitos na Itália (em especial à de Aníbal na Segunda Guerra Púnica) e aos maciços alistamentos militares a que os camponeses eram submetidos neste período, que teriam arruinado a economia camponesa.
2013-01-01T00:00:00ZBoa parte da historiografia do século passado que se dedicou à História Agrária da Itália Romana caracterizou o período de conquista romana como uma História de Crise e Transição de padrão fundiário. Isto é, segundo a tese clássica de Crise do Campesinato, o período de expansão do poder romano sobre a Itália seria marcado por um processo de crise do campesinato italiano. Por um lado, esta crise estaria relacionada aos constantes conflitos na Itália (em especial à de Aníbal na Segunda Guerra Púnica) e aos maciços alistamentos militares a que os camponeses eram submetidos neste período, que teriam arruinado a economia camponesa.Pode-se falar de revoluções sociais na Antiguidade Tardia?Silva, Uiran G.http://sedici.unlp.edu.ar:80/handle/10915/746422019-05-02T15:12:58Z2013-01-01T00:00:00ZObjeto de conferencia
II Encuentro Internacional de Historiadores Jóvenes sobre Sociedades Precapitalistas (Niterói, 2013)
Las revueltas de las bayaudas aparecieron a finales del siglo III en las regiones rurales de la Galia, y fueron combatidas por Maximiano poco tiempo después de la ascensión de Diocleciano. En el siglo V, después de la crisis militar causada por la travesía del río Rin por los pueblos bárbaros, de nuevo ocurren revueltas rurales en diferentes lugares de la Galia y posteriormente en la hispania, a las que la documentación identifica con el mismo término: las bayaudas. Las acciones de los así llamados circuncelones se distribuyen entre mediados del siglo IV hasta comienzos del siglo V, en su mayor parte en las regiones interiores de la Numidia. Las acciones de estos, sin embargo, aparecen dentro de un contexto documental bien específico: los textos de polémica entre el grupo de Agustín y la así llamada Iglesia Donatista y, a causa de ello, es necesario tener en mente la conexión de esas revueltas rurales con las prácticas y las disputas del cristianismo (s) africano (s).
Mi investigación buscó comparar los dos movimientos para verificar en qué medida el contexto social y la experiencia de clase (en el cotidiano de vida y de trabajo) de las comunidades de las zonas rurales fueron factores determinantes para la ocurrencia de esas revueltas. Esta hipótesis se contrapone inicialmente a la mayor parte de la historiografía reciente sobre ambas revueltas, que acentúa o se concentra en otros factores como elementos determinantes, y que, al mismo tiempo, ignora o descalifica explícitamente la experiencia de clase y el conflicto de clases como elementos de comprensión de esas revueltas.
2013-01-01T00:00:00ZLas revueltas de las bayaudas aparecieron a finales del siglo III en las regiones rurales de la Galia, y fueron combatidas por Maximiano poco tiempo después de la ascensión de Diocleciano. En el siglo V, después de la crisis militar causada por la travesía del río Rin por los pueblos bárbaros, de nuevo ocurren revueltas rurales en diferentes lugares de la Galia y posteriormente en la hispania, a las que la documentación identifica con el mismo término: las bayaudas. Las acciones de los así llamados circuncelones se distribuyen entre mediados del siglo IV hasta comienzos del siglo V, en su mayor parte en las regiones interiores de la Numidia. Las acciones de estos, sin embargo, aparecen dentro de un contexto documental bien específico: los textos de polémica entre el grupo de Agustín y la así llamada Iglesia Donatista y, a causa de ello, es necesario tener en mente la conexión de esas revueltas rurales con las prácticas y las disputas del cristianismo (s) africano (s).
Mi investigación buscó comparar los dos movimientos para verificar en qué medida el contexto social y la experiencia de clase (en el cotidiano de vida y de trabajo) de las comunidades de las zonas rurales fueron factores determinantes para la ocurrencia de esas revueltas. Esta hipótesis se contrapone inicialmente a la mayor parte de la historiografía reciente sobre ambas revueltas, que acentúa o se concentra en otros factores como elementos determinantes, y que, al mismo tiempo, ignora o descalifica explícitamente la experiencia de clase y el conflicto de clases como elementos de comprensión de esas revueltas.Algumas reflexões sobre o teatro grego no século V a.C e sua análise como ritualMoerbeck, Guilhermehttp://sedici.unlp.edu.ar:80/handle/10915/746402019-05-02T15:13:20Z2013-01-01T00:00:00ZObjeto de conferencia
II Encuentro Internacional de Historiadores Jóvenes sobre Sociedades Precapitalistas (Niterói, 2013)
O ano era 1981 quando Jean-Pierre Vernant e seu companheiro, Pierre Vidal-Naquet, lançavam um livro em que reuniam artigos, que se tornou um marco na historiografia sobre a Grécia Clássica e mais especificamente sobre os estudos da Tragédia Grega. A verve ensaísta, bem à moda filosófica de Vernant, acabou por cunhar termos que se tornaram canônicos e amplamente discutidos nos trabalhos que o sucederam; refiro-me à ideia de sujeito trágico. A contribuição de Vernant foi enorme, pois insistia na ideia de que quando o gênero trágico se constituiu o universo mental que o subjazia já havia se estabelecido. Vernant tentava mostrar que a constituição de um fenômeno social novo como o teatro necessitava de uma nova postura dos receptores, da audiência ateniense. O universo espiritual que permitiu a instauração do ficcional do teatro fez com que o gênero trágico florescesse e que seus signos fossem inteligíveis. Com a tragédia surgia a consciência trágicaNos últimos anos, embora os trabalhos de Vernant e Naquet tenham deixado marcas indeléveis na historiografia sobre o tema, os estudos tomaram caminhos mais profundamente engajados em tendências antropológicas, sobretudo a norte-americana, nos estudos concernentes à performance. Há hoje uma querela bastante produtiva na academia. De um lado temos aqueles que defendem a ideia de que a tragédia está, ainda no século V a.C., inscrita naquilo que poderíamos chamar de um desempenho ritualístico religioso. Noutra ponta temos aqueles que acham a relação entre o dionisismo e a tragédia algo casual, portanto, sem ligações substanciais entre a religião e o teatro. Entre tais antípodas temos posições de vários matizes e argumentos convincentes. Esta parte da do trabalho tem como objetivo posicionar minha abordagem, eminentemente atrelada à noção de poder simbólico, em relação à antropologia da performance e dos rituais que tanto influenciam os helenistas.
2013-01-01T00:00:00ZO ano era 1981 quando Jean-Pierre Vernant e seu companheiro, Pierre Vidal-Naquet, lançavam um livro em que reuniam artigos, que se tornou um marco na historiografia sobre a Grécia Clássica e mais especificamente sobre os estudos da Tragédia Grega. A verve ensaísta, bem à moda filosófica de Vernant, acabou por cunhar termos que se tornaram canônicos e amplamente discutidos nos trabalhos que o sucederam; refiro-me à ideia de sujeito trágico. A contribuição de Vernant foi enorme, pois insistia na ideia de que quando o gênero trágico se constituiu o universo mental que o subjazia já havia se estabelecido. Vernant tentava mostrar que a constituição de um fenômeno social novo como o teatro necessitava de uma nova postura dos receptores, da audiência ateniense. O universo espiritual que permitiu a instauração do ficcional do teatro fez com que o gênero trágico florescesse e que seus signos fossem inteligíveis. Com a tragédia surgia a consciência trágicaNos últimos anos, embora os trabalhos de Vernant e Naquet tenham deixado marcas indeléveis na historiografia sobre o tema, os estudos tomaram caminhos mais profundamente engajados em tendências antropológicas, sobretudo a norte-americana, nos estudos concernentes à performance. Há hoje uma querela bastante produtiva na academia. De um lado temos aqueles que defendem a ideia de que a tragédia está, ainda no século V a.C., inscrita naquilo que poderíamos chamar de um desempenho ritualístico religioso. Noutra ponta temos aqueles que acham a relação entre o dionisismo e a tragédia algo casual, portanto, sem ligações substanciais entre a religião e o teatro. Entre tais antípodas temos posições de vários matizes e argumentos convincentes. Esta parte da do trabalho tem como objetivo posicionar minha abordagem, eminentemente atrelada à noção de poder simbólico, em relação à antropologia da performance e dos rituais que tanto influenciam os helenistas.Um Mercado Pré-Capitalista: o Caso da Grécia ClássicaMelo, Gabriel da S.http://sedici.unlp.edu.ar:80/handle/10915/746392019-05-02T15:13:36Z2013-01-01T00:00:00ZObjeto de conferencia
II Encuentro Internacional de Historiadores Jóvenes sobre Sociedades Precapitalistas (Niterói, 2013)
Se não for possível uma História Universal dos Mercados, que seja possível, então, uma Civilização Material e Economia de outros povos, de outras épocas. Peter Bang, ao comparar o Império Romano com o Império Mughal, tenta recolocar dois debates fundamentais: a importância da comparação nos estudos históricos, o lugar diferenciado que instituições parecidas podem ocupar em sociedades diferentes, sem que se perca entre elas o vínculo analítico que faz com que os pesquisadores se indaguem a seu respeito, porém dando menos peso ao vínculo ontológico que de fato permite que nos indaguemos sobre elas da maneira como fazemos.
O caso da Grécia Antiga é emblemático quanto a isso. Palco das querelas originárias do debate entre primitivistas e modernistas na virada do XIX para o XX, exemplo sempre invocado de um mercado local vivaz, pululante, os estudos sobre a economia grega antiga ainda não se colocaram de maneira sistemática a questão de qual seria o lugar do mercado naquela sociedade; muito menos do que se entende por mercado quando falamos da ἀγορά, das cidades-portuárias e dos mercadores de longa-distância. O que falta é um plano de estudos com metas bem definidas do que precisa ser investigado. Uma abordagem materialista que não se limite à história da ideia de economia entre os gregos ou, muito menos, que seja uma caça ao tesouro da história do capitalismo.
2013-01-01T00:00:00ZSe não for possível uma História Universal dos Mercados, que seja possível, então, uma Civilização Material e Economia de outros povos, de outras épocas. Peter Bang, ao comparar o Império Romano com o Império Mughal, tenta recolocar dois debates fundamentais: a importância da comparação nos estudos históricos, o lugar diferenciado que instituições parecidas podem ocupar em sociedades diferentes, sem que se perca entre elas o vínculo analítico que faz com que os pesquisadores se indaguem a seu respeito, porém dando menos peso ao vínculo ontológico que de fato permite que nos indaguemos sobre elas da maneira como fazemos.
O caso da Grécia Antiga é emblemático quanto a isso. Palco das querelas originárias do debate entre primitivistas e modernistas na virada do XIX para o XX, exemplo sempre invocado de um mercado local vivaz, pululante, os estudos sobre a economia grega antiga ainda não se colocaram de maneira sistemática a questão de qual seria o lugar do mercado naquela sociedade; muito menos do que se entende por mercado quando falamos da ἀγορά, das cidades-portuárias e dos mercadores de longa-distância. O que falta é um plano de estudos com metas bem definidas do que precisa ser investigado. Uma abordagem materialista que não se limite à história da ideia de economia entre os gregos ou, muito menos, que seja uma caça ao tesouro da história do capitalismo.Notas sobre valor e equivalência no Pré-CapitalismoFrizzo, Fábiohttp://sedici.unlp.edu.ar:80/handle/10915/746372019-05-02T15:13:50Z2013-01-01T00:00:00ZObjeto de conferencia
II Encuentro Internacional de Historiadores Jóvenes sobre Sociedades Precapitalistas (Niterói, 2013)
O presente texto surge de uma inquietação teórica despertada a partir da leitura dos especialistas em algumas sociedades pré-capitalistas nas quais o dinheiro ainda não existia em seu sentido pleno. Talvez a única concordância possível com o trabalho de um egiptólogo como David Warburton seja quando ele afirma que “uma tendência marcante nos egiptólogos é acreditar que eles entendem a teoria econômica moderna”1. O reflexo disto em grande parte dos trabalhos de economia egípcia é a projeção das estruturas capitalistas no passado, feita sem qualquer tipo de crítica e, desta maneira, naturalizando determinadas características deste modo de produção como algo anistórico. O que pretendo aqui é fazer uma pequena reflexão teórica e levantar algumas questões, na esperança de que o diálogo neste encontro me ajude a encontrar um caminho para a pesquisa das trocas na sociedade faraônica, em especial aquelas documentadas nas fontes da comunidade de Deir el-Medina.
2013-01-01T00:00:00ZO presente texto surge de uma inquietação teórica despertada a partir da leitura dos especialistas em algumas sociedades pré-capitalistas nas quais o dinheiro ainda não existia em seu sentido pleno. Talvez a única concordância possível com o trabalho de um egiptólogo como David Warburton seja quando ele afirma que “uma tendência marcante nos egiptólogos é acreditar que eles entendem a teoria econômica moderna”1. O reflexo disto em grande parte dos trabalhos de economia egípcia é a projeção das estruturas capitalistas no passado, feita sem qualquer tipo de crítica e, desta maneira, naturalizando determinadas características deste modo de produção como algo anistórico. O que pretendo aqui é fazer uma pequena reflexão teórica e levantar algumas questões, na esperança de que o diálogo neste encontro me ajude a encontrar um caminho para a pesquisa das trocas na sociedade faraônica, em especial aquelas documentadas nas fontes da comunidade de Deir el-Medina.A paisagem de Amarna e sua diversidade: história e arqueologiaLemos, Rennan de S.http://sedici.unlp.edu.ar:80/handle/10915/746362019-05-02T15:14:04Z2013-01-01T00:00:00ZObjeto de conferencia
II Encuentro Internacional de Historiadores Jóvenes sobre Sociedades Precapitalistas (Niterói, 2013)
Despretensiosamente, começo este texto com as palavras de Bruce Trigger ao iniciar um artigo seu de 1981: 91780450 Provavelmente, não há justificativa para publicar qualquer novo estudo sobre o período de Amarna que não contenha, pelo menos, uma pequena quantidade de novos dados que possam ajudar a resolver algumas das incertezas que sobrepassam este episódio controverso da história egípcia. Durante um longo período, a especulação tem sido tão rampante que a linha que separa os estudos históricos e a ficção histórica tornou-se nebulosa. Contudo, pelo menos, alguns dos problemas resultam da falta de uma perspectiva teórica adequada para coletar a analisar os dados (TRIGGER, 1981, p. 165).
Concordo plenamente com o grande arqueólogo canadense. Este meu texto, nesse sentido, está pautado - até onde consegui - nos dois quesitos levantados por Trigger como justificativas válidas para se publicar um trabalho sobre Amarna: há uma grande variedade de novos dados disponíveis, assim como foi meu objetivo abordar, a partir de uma perspectiva teórica bem delimitada, o período de Amarna. Peço desculpas caso não tenha conseguido. Entretanto, valeu a tentativa de construir uma opinião sólida sobre o que, de fato, foi o período de Amarna e sobre o papel da religião na sociedade egípcia da época. De qualquer forma, o debate está iniciado.
2013-01-01T00:00:00ZDespretensiosamente, começo este texto com as palavras de Bruce Trigger ao iniciar um artigo seu de 1981: 91780450 Provavelmente, não há justificativa para publicar qualquer novo estudo sobre o período de Amarna que não contenha, pelo menos, uma pequena quantidade de novos dados que possam ajudar a resolver algumas das incertezas que sobrepassam este episódio controverso da história egípcia. Durante um longo período, a especulação tem sido tão rampante que a linha que separa os estudos históricos e a ficção histórica tornou-se nebulosa. Contudo, pelo menos, alguns dos problemas resultam da falta de uma perspectiva teórica adequada para coletar a analisar os dados (TRIGGER, 1981, p. 165).
Concordo plenamente com o grande arqueólogo canadense. Este meu texto, nesse sentido, está pautado - até onde consegui - nos dois quesitos levantados por Trigger como justificativas válidas para se publicar um trabalho sobre Amarna: há uma grande variedade de novos dados disponíveis, assim como foi meu objetivo abordar, a partir de uma perspectiva teórica bem delimitada, o período de Amarna. Peço desculpas caso não tenha conseguido. Entretanto, valeu a tentativa de construir uma opinião sólida sobre o que, de fato, foi o período de Amarna e sobre o papel da religião na sociedade egípcia da época. De qualquer forma, o debate está iniciado.