En español
Frente al feminismo eurocéntrico hegemónico -que con sus pretensiones de universalidad invisibiliza a las mujeres que no pertenecen a un sistema de género blanco, binario y burgués-el feminismo latinoamericano: decolonial, materialista, y diverso, se nutre de epistemologías “otras” para construir un conocimiento situado desde las experiencias de vida de las propias mujeres subalternas: indígenas, campesinas, afrodescendientes, migrantes, lesbianas, pobres, mestizas. Excluidas y silenciadas por las demandas de un feminismo que no comprende al género como parte de un entramado complejo en el que la combinación e interseccionalidad de determinaciones vinculadas a la clase, la elección sexual, la pertenencia geopolítica, étnica y cultural, son fundamentales para el estatuto de lxs sujetxs. Ante este panorama, la tarea actual del feminismo debe ser la de ampliar voces y miradas. A lo largo de este trabajo, presentaré argumentos para mostrar que tal propósito puede lograrse desde una perspectiva feminista latinoamericana y decolonial porque la crítica realizada desde el margen posibilita interpelar la hegemonía y visibilizar la alteridad. Lo cual constituye una verdadera ruptura epistemológica.
En portugués
Face o feminismo hegemônico eurocêntrico–que com suas pretensões de universalidade invisibiliza as mulheres que não pertencem a um sistema de gênero branco, binário e burguês–o feminismo latino-americano: decolonial, materialista e diversificado, nutre-se por epistemologias "outras" para construir um conhecimento localizado a partir das experiências de vida das próprias mulheres subalternas: indígenas, camponeses, afrodescendentes, migrantes, lésbicas, pobres, mestiças. Excluídas e silenciadas pelas exigências de um feminismo que não compreende o gênero como parte de um quadro complexo em que a combinação e a interseção de determinações ligadas à classe, escolha sexual, pertença geopolítica, étnica e cultural são fundamentais para a estatuto dxs sujeitxs. Dado esse panorama, a atual tarefa do feminismo deve ser expandir vozes e olhadas. Ao longo deste trabalho, apresentarei argumentos para mostrar que tal propósito pode ser alcançado a partir de uma perspetiva feminista latino-americana e decolonial porque a crítica feita a partir da margem permite desafiar a hegemonia e tornar visível a alteridade. O que constitui uma verdadeira ruptura epistemológica.