Estado de escape: una propuesta para estudiar "lo virtual en la vida real en mundos virtuales"

Abstract

Este trabajo pretende discutir una propuesta metodológica basada en la fenomenología y su capacidad de explicación etnográfica de lo que voy a describir como un “estado de escape”: un framework o marco analítico conceptual de la perspectiva epistemológica de lo liminoide como percepción y experiencia. La articulación bibliográfica sobre el estado actual de la etnografía digital y el uso de textos clásicos de la antropología tendrá gran peso al recorrer del artículo, dada su premisa teórico metodológica. En este sentido, voy a desarrollar una reflexión etnográfica de mis experiencias vividas en Roblox, SecondLife y, más especialmente, en VRChat2 y elaborar el concepto de un “estado de escape” como el traspaso fenomenológico “atrás y adelante” de la percepción posible de los materiales y la materialidad, para finalmente, en el fin del artículo, evaluarlo como marco analítico a partir de ejemplos de experiencias etnográficas que tuve en VRChat, intentando indicar un camino para comprender las realidades infraestructurales, contextuales y de contenido que circundan las relaciones personales y comunales en mundos virtuales/digitales. Siendo así, trabajaré la descripción cualitativa y densa de las experiencias etnografiadas durante el campo exploratorio desarrollado desde abril de 2021 hasta febrero de 2022 utilizando elementos de storytelling como la explicación y rememoración de eventos, contextos y diálogos que tuve con interlocutores basado en mis anotaciones de campo y diario de campo, además del material fotográfico registrado (printscreens).

This paper intends to discuss a methodological proposal based on phenomenology and its capacity for ethnographic explanation of what I am going to describe an "escape state": a conceptual framework of analysis based on the epistemological perspective of the liminoid as perception and experience. The bibliographic articulation on the current state of digital ethnography and the use of classic anthropology texts will have great weight going through the article, given its theoreticalmethodological premise. In this sense, by developing an ethnographic reflection of my experiences in Roblox, SecondLife and, more especially, VRChat, I am going to elaborate the idea of an "escape state" as the phenomenological step from “back and forth” of the perception of materials and materiality, to finally, at the end of the article, evaluate it as an analytical framework using examples of ethnographic experiences I had in VRChat, in an effort to indicate a path towards understanding the infrastructural, contextual and content realities that surround personal and communal relationships in virtual/digital worlds. Thus, I will work the qualitative and dense description of the ethnographic experiences during the exploratory field developed from april 2021 to february 2022 using storytelling elements such as explanation and remembrance of events, contexts and conversations that I had with interlocutors, based on my field notes and field diary, in addition to recorded photographic material (printscreens).

Este artigo pretende discutir uma proposta metodológica baseada na fenomenologia e sua capacidade de explicar etnograficamente o que vou descrever como um "estado de escape": um framework ou esquema analítico conceitual da perspectiva epistemológica do liminoide como percepção e experiência. A articulação bibliográfica sobre o estado atual da etnografia digital e o uso de textos clássicos da antropologia terá grande peso ao percorrer o artigo, dada sua premissa teórico-metodológica. Nesse sentido, vou desenvolver uma reflexão etnográfica de minhas experiências no Roblox, SecondLife e, mais especialmente, no VRChat para elaborar o conceito de "estado de escape" como a transferência fenomenológica "para frente e para trás" da percepção possível dos materiais e materialidade, para finalmente, ao final do artigo, avaliá-lo como um esquema analítico a partir de exemplos de experiências etnográficas que tive no VRChat, tentando indicar um caminho para compreender as realidades infraestruturais, contextuais e de conteúdo que rondam relacionamentos pessoais e comunitários nos mundos virtuais/digitais. Assim, trabalharei a descrição qualitativa e densa das experiências etnográficas durante meu campo exploratório desenvolvido de abril de 2021 a fevereiro de 2022 usando elementos de storytelling como a explicação e rememoração de eventos, contextos e diálogos que tive com interlocutores a partir de minhas anotações de campo e diário de campo, além do material fotográfico registrado (printscreens).