Contratos de lectura en el cómic argentino de los años 70

Abstract

Las revistas D’artagnan y Skorpio ocuparon el centro del campo de las historietas de aventura en Argentina en la década de 1970. Surgida la primera en 1957 en la Editorial Columba y la segunda en 1974 en el sello Record, innovaron en el mercado editorial en cuanto a géneros y formas narrativas. Asimismo, contribuyeron a construir respectivas comunidades imaginadas de lectores como así también definieron un canon expresado en una tradición de autores y de obras al interior del campo del cómic nacional. Por tal motivo, ambas cabeceras fueron protagonistas de una determinada contemporaneidad en una etapa en que este medio funcionaba inserto en la industria editorial profesional.En este texto comparamos las líneas fundamentales de los contratos de lectura propuestos por D’artagnan y Skorpio, deteniéndonos en un aspecto de la instancia de enunciación o régimen del decir (Lucas Berone, 2014), a saber, la identidad discursiva de tapa y otros componentes paratextuales de un medio de comunicación gráfica, «que actúan sobre los planos diversos, y conectados, de lo visual y lo verbal» (Lucas Berone, 2022, p. 26). Nuestro corpus de análisis se compone de tres números de cada revista, publicados a mediados de 1978, un momento importante en sus respectivas trayectorias editoriales.

As revistas D’artagnan e Skorpio lideraram o campo das histórias em quadrinhos da Argentina na década de 1970. A primeira foi criada pela editora Columba em 1975 e a segunda surgiu em 1974 no seio da empresa Record, inovaram no mercado editorial em relação aos gêneros e formas narrativas. Aliás, contribuíram para a construção de comunidades imaginadas de leitores e definiram em cânone de autores e de obras no interior do campo dos quadrinhos nacionais. Por isso, ambos impressos foram protagonistas de uma contemporaneidade dentro de uma etapa durante a qual as narrativas sequenciais funcionaram inseridas no sistema da indústria editorial profissional.Neste artigo comparamos as linhas fundamentais dos contratos de leitura propostos pelas D’artagnan e Skorpio, focando num aspecto da instância de enunciação ou regime do dizer (Lucas Berone, 2014), a saber, a identidade discursiva de capa e outros componentes paratextuais de uma mídia de natureza gráfica, «que agem sobre os planos diversos, e conectados, do visual e o verbal» (Lucas Berone, 2022, p. 26). Nossa análise centra-se em três números de cada revista, publicados em meados de 1978, num momento importante das suas respectivas trajetórias editoriais.

In the 1970s, the magazines D'artagnan and Skorpio occupied center stage in the field of adventure comics in Argentina. The first one emerged in 1957 under the publisher Editorial Columba, while the second one was established in 1974 under the label Record. They brought innovation to the publishing market in terms of genres and narrative forms. Additionally, they contributed to the creation of respective imagined communities of readers while also defining a canon expressed through a tradition of authors and works within the national comic field. For this reason, both publications played a leading role in a specific contemporaneity, during a period when this medium operated within the professional publishing industry.In this paper, we compare the fundamental lines of the reading contract proposed by D'artagnan and Skorpio, focusing on an aspect of the enunciation instance or regime of speech (Lucas Berone, 2014), namely, the discursive identity of the cover and other paratextual components of a graphic communication medium that "act on the diverse and interconnected planes of the visual and the verbal" (Berone, 2022, p. 26). Our corpus of analysis consists of three issues from each magazine, published in mid-1978, an important moment in their respective editorial trajectories.