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Este breve artículo se centra en los monumentos del paisaje de Stonehenge, a fin de ofrecer una idea “moderna” de estos monumentos y su astronomía que concuerde con las pruebas arqueológicas más recientes. Aunque la conexión de Stonehenge y otros monumentos cercanos con la astronomía está reconocida por la UNESCO como parte del Valor Universal Excepcional del Sitio del Patrimonio Mundial de Stonehenge, la única manifestación específica de ello que ha logrado un amplio consenso entre los arqueólogos son las líneas de visión solsticiales, indicadas por los ejes principales de las configuraciones de piedra de Stonehenge y los círculos múltiples de postes de madera de Woodhenge y el Círculo del Sur de Durrington Walls. Estas líneas de visión—suficientemente precisas para señalar el solsticio en el paisaje aunque no en el tiempo—parecen representar un desarrollo específico en esta zona hacia mediados del III milenio a.C.Luego pasamos a criticar algunos artículos recientes de arqueólogos muy respetados que proponen (i) que Stonehenge encapsulaba elementos clave de un calendario solar de 365¼ días en la numerología de sus características principales; (ii) que se construyó un “megacírculo” de enormes fosos, de más de 2 km de diámetro, en la misma época que el círculo de piedras de Stonehenge, centrado en Durrington Walls Henge; y (iii) que se colocaron dos grandes fosas en el “Stonehenge Cursus”, situadas en las alineaciones de la salida y la puesta del sol del solsticio de verano, vistas desde la “Heel Stone”. Presentamos nuevas pruebas para contrarrestar estas ideas (ii) y razonamos que todas ellas son extrapolaciones que van mucho más allá de las evidencias disponibles y se enfrentan a las consideraciones metodológicas básicas (por ejemplo, con respecto a la selección de datos) que han sido bien conocidas por los astrónomos culturales desde los años 80.Concluimos hablando de algunas cuestiones abiertas. La primera, si Stonehenge y algunos monumentos contemporáneos cercanos hubieran podido ser colocados en lugares ya percibidos como significativos debido a la alineación aproximadamente solsticial de las características naturales. Otra cuestión es durante cuánto tiempo siguieron funcionando las líneas de visión solsticiales, y como debe interpretarse, particularmente con respecto a las ideas de rituales solsticiales que implicaban procesiones entre los distintos monumentos. Tercero, ¿es posible que las orientaciones solsticiales evidentes en Stonehenge y sus alrededores a mediados del III milenio a.C. derivaran de prácticas desarrolladas siglos antes en el suroeste de Gales, de donde procedían las “bluestones” (“piedras azules”) de Stonehenge? Una última pregunta, que sigue en gran medida sin resolverse, es si la alineación lunar del rectángulo formado por las “Station Stones” es realmente intencional y, en caso afirmativo, cuál fue su propósito y significado. Investigaciones recientes han logrado arrojar nueva luz sobre el tema.
En inglésThis short paper focuses on monuments in the Stonehenge landscape, including Stonehenge itself, with the aim of presenting a “modern” picture of these monuments and their astronomy that is consistent with the latest archaeological evidence. While the connection of Stonehenge and other nearby monuments to astronomy is recognized by UNESCO as part of the Outstanding Universal Value of the Stonehenge World Heritage site, the only specific manifestation of this that has achieved broad consensus among archaeologists is the solstitial sightlines, indicated by the main axes of the stone settings at Stonehenge and the multiple timber circles at Woodhenge and Durrington Walls Southern Circle. These sightlines —precise enough to pinpoint the solstice in space although not in time— seem to represent a specific development in this area around the mid-3rd millennium BC.We proceed to critique some recent papers by well-respected archaeologists proposing (i) that Stonehenge encapsulated key elements of a 365¼-day solar calendar in the numerology of its key features; (ii) that a “mega-circle” of huge pits, over 2km in diameter, was built around the same time as the stone circle at Stonehenge, centred on Durrington Walls Henge; and (iii) that two large pits were placed in the Stonehenge Cursus positioned on the summer solstice sunrise and sunset alignments as viewed from the Heel Stone. We present new evidence to counter (ii) and argue that all these ideas extrapolate well beyond the available evidence and fall foul of basic methodological considerations (e.g., regarding data selection) that have been well known to cultural astronomers since the 1980s.We finish with a discussion of some open questions. The first is whether Stonehenge and some nearby contemporary monuments might have been placed at locations already perceived as significant because of the approximately solstitial alignment of natural features. Another is how long the solstitial sightlines remained “operational” in the sense of being usable for actual observations, and what this implies for their interpretation —particularly for ideas of solstitial observances involving processions between the different monuments. Third is the possibility that the solstitial orientations evident at and around Stonehenge in the mid-3rd millennium BC might have derived from practices developed centuries earlier in southwest Wales, from which the Stonehenge bluestones were brought. A final question that remains largely unresolved is whether the lunar alignment of the Station Stone rectangle at Stonehenge was indeed intentional and, if so, what was its purpose and meaning. Recent investigations have succeeded in casting some new light on the subject.
En portuguésEste breve artigo se concentra nos monumentos da paisagem de Stonehenge, a fim de fornecer uma compreensão “moderna” desses monumentos e de sua astronomia que seja consistente com as evidências arqueológicas mais recentes. Embora a conexão de Stonehenge e de outros monumentos próximos com a astronomia seja reconhecida pela UNESCO como parte do Valor Universal Excepcional do Sítio do Patrimônio Mundial de Stonehenge, a única manifestação específica dessa conexão que alcançou amplo consenso entre os arqueólogos são as linhas de visão solsticiais, indicadas pelos eixos principais das configurações de pedra de Stonehenge e pelos múltiplos círculos de postes de madeira de Woodhenge e do Círculo Sul de Durrington Walls. Essas linhas de visão - suficientemente precisas para marcar o solstício na paisagem, embora não no tempo - parecem representar um desenvolvimento específico nessa área por volta da metade do terceiro milênio a.C.Em seguida, criticamos alguns artigos recentes de arqueólogos altamente respeitados que propõem (i) que Stonehenge encapsulou elementos-chave de um calendário solar de 365¼ dias na numerologia de suas principais características; (ii) que um “megacírculo” de enormes covas, com mais de 2 km de diâmetro, foi construído ao mesmo tempo que o círculo de pedras de Stonehenge, centrado no Durrington Walls Henge; e (iii) que duas grandes covas foram colocadas no “Stonehenge Cursus”, localizadas nos alinhamentos do nascer e do pôr do sol do solstício de verão, vistos da “Pedra do Calcanhar”. Apresentamos novas provas para contrapor essas ideias (ii) e argumentamos que todas elas são extrapolações que vão muito além das evidências disponíveis e esbarram em considerações metodológicas básicas (por exemplo, com relação à seleção de dados) que são bem conhecidas pelos astrônomos culturais desde a década de 1980.Concluímos discutindo algumas questões em aberto. A primeira é se Stonehenge e alguns monumentos contemporâneos próximos poderiam ter sido colocados em locais já percebidos como significativos devido ao alinhamento aproximadamente solsticial das características naturais. Outra questão é por quanto tempo as linhas de visão solsticiais continuaram a funcionar e como isso deve ser interpretado, especialmente com relação às ideias de rituais solsticiais envolvendo procissões entre monumentos. Em terceiro lugar, é possível que as orientações solsticiais evidentes em Stonehenge e seus arredores em meados do terceiro milênio a.C. tenham derivado de práticas desenvolvidas séculos antes no sudoeste do País de Gales, de onde vieram as pedras azuis de Stonehenge? Uma última pergunta, que permanece em grande parte sem resposta, é se o alinhamento lunar do retângulo formado pelas pedras da estação é realmente intencional e, em caso afirmativo, qual era seu propósito e significado. Pesquisas recentes lançaram uma nova luz sobre o assunto.