Fish assemblages in a small temperate estuary on the argentinian coast: spatial variation, environmental influence and relevance as nursery area

Abstract

The effects of different environmental variables on the fish community structure were evaluated in a small temperate estuary. The biological and environmental data were collected bimonthly between 2007 and 2009 along the main estuarine axis. Multivariate analyses were applied (CLUSTER, SIMPER, CCA) to determine the spatial structure of fish community and to estimate the environmental influence on it. A total of 48 species of “teleost” fishes were observed, with the families Characidae and Sciaenidae presenting the largest number of species, 90% of the catches being juveniles. The fish community was overwhelmingly dominated by one species (<i>Micropogonias furnieri</i>, 88.9%), and only four species contributed more than 1% of total catch (<i>Odontesthes argentinensis</i> 5.4%, <i>Brevoortia aurea</i> 1.1%, <i>Paralonchurus brasiliensis</i> 1.1%, and <i>Mugil platanus</i> 1.0%). Estuarine and freshwater stragglers dominated in number of species, followed by freshwater migrants and marine migrants. Three areas with different fish assemblages, with distinctive species and functional guilds, were defined along the main axis. The occurrence and spatial spread of these areas were linked to spatial variation in salinity, which was consistently influenced by discharge from the Río de la Plata and local precipitation. The results highlight the importance of shallow environments as nursery areas and permit emphasis on their susceptibility to environmental changes.

Foram avaliados os efeitos das diferentes variáveis ambientais na estrutura da comunidade de peixes em um pequeno estuário temperado. Dados biológicos e ambientais foram obtidos bimestralmente entre 2007 e 2009, ao longo do eixo principal do estuário. Análises multivariadas foram aplicadas (CLUSTER, SIMPER, CCA) para determinar a estrutura espacial da comunidade de peixes e para estimar a influência ambiental sobre ela. Um total de 48 espécies de "teleósteos" foi observado, com as famílias Characidae e Sciaenidae apresentando o maior número de espécies e sendo 90% das capturas formada por juvenis. A comunidade de peixes foi altamente dominada por uma só espécie (<i>Micropogonias furnieri</i>, 88,9%) e quatro espécies contribuiram com pouco mais de 1% cada para o total das capturas (<i>Odontesthes argentinensis</i> 5,4%, <i>Brevoortia aurea</i> 1,1%, <i>Paralonchurus brasiliensis</i> 1,1% e <i>Mugil platanus</i> 1,0%). Retardatários estuarinos e de água doce dominaram em número de espécies, seguidos por migrantes de água doce e marinhos. Ao longo do eixo principal foram definidas três áreas distintas, cada uma apresentando assembleias de peixes com espécies e guildas funcionais distintas. A ocorrência e abrangência espacial dessas áreas estiveram ligadas à variação espacial na salinidade, que consistentemente foi influenciada pela descarga do Rio da Prata e pela precipitação local. Os resultados destacam a importância dos ambientes rasos como áreas de berçário e permitem enfatizar sua susceptibilidade às mudanças ambientais.