En español
El derecho penal tiene en sí un proyecto de jurisprudencia orientado a construir elementos para la decisión judicial, pero las distintas imágenes y concepciones de la finalidad y funciones del castigo (presentes en la “teoría de la pena”) constitutivas de una anomalía en la ciencia jurídica. Desde que concluyó el mundo bipolar la teoría social vigente hasta ese momento, ha quedado con poca utilidad a causa de una nueva fase superior del poder planetario: el “totalitarismo financiero” que avanzó sobre el poder político asumiendo formas de macro-criminalidad y profundizando la selectividad punitiva de los sectores vulnerables, con una preocupante plurifuncionalidad amplificante. En este contexto resulta necesaria una nueva crítica sociológica y criminológica al actual marco de poder. La ciencia penal debe retomar el onticismo representado en el saber jurídico penal por las estructuras óntico objetivas welzelianas, a fin de salir del idealismo que ha producido un resquebrajamiento entre el “ser” y el “deber ser”, y captar la esencia mutable del poder que se debe limitar a través de los datos de la realidad.
En inglés
Criminal law itself has a jurisprudence project aimed at constructing elements for judicial decision, but the different representations and conceptions of the purpose and functions of punishment (present in the “theory of punishment”) establish an anomaly in legal science. Since the end of the bipolar world, the social theory in force until that moment has been of little use because of a new phase of planetary power: “financial totalitarianism” that advanced on political power assuming forms of macro-criminality and deepening punitive selectivity of vulnerable sectors, with a worryingly amplifying multi-functionality. In this context, a new sociological and criminological review of the current framework of power is necessary. Criminal science must return to the onticism represented in criminal legal knowledge by Welzelian objective ontic structures, in order to get out of the idealism that has produced a breakdown between “being” and “should be”, in view of the mutable essence of power that must be limited through the data of reality.
En portugués
O próprio direito penal possui um projeto de jurisprudência que visa construir elementos para a decisão judicial, mas as diferentes ima-gens e concepções sobre a finalidade e as funções da pena (presentes na “teoria da pena”) constituem uma anomalia em ciência jurídica. Desde o fim do mundo bipolar, a teoria social vigente até aquele momento tem sido de pouco uso por causa de uma nova fase superior do poder planetário: o “totalitarismo financeiro” que avançou no poder político assumindo formas de macrociminalidade e aprofundando a seletividade punitiva setores vulneráveis, com uma multifuncionalidade preocupan-temente amplificadora. Nesse contexto, uma nova crítica sociológica e criminológica ao quadro atual de poder é necessária. A ciência criminal deve retornar ao onticismo representado no conhecimento jurídico penal pelas estruturas ônticas objetivas Welzelianas, para sair do idealismo que produziu uma ruptura entre o “ser” e o “deveria ser”, e apreender a essência mutável do poder. que deve ser limitado pelos dados da realidade.