In Spanish
La teoría queer delineada por Judith Butler reconoce como pieza central la noción de performatividad, particularmente vinculada con la teoría de los actos de habla de Austin.
Su relevancia teórica, que quiebra toda una tradición moderna de pensamiento, encuentra dificultades políticas cuando su construccionismo lingüístico borra la posibilidad de pensar una noción de agencia política fuerte. En el contexto de este problema teóricopolítico, se presentan los intentos de Butler por conciliar el reconocimiento y la afirmación de un límite al poder omnímodo del lenguaje en la constitución del sujeto, con su rechazo posestructuralista a admitir la existencia de un registro extradiscursivo. Cuando Butler acude al psicoanálisis para señalar aquella dimensión de exceso, capaz de descompletar la dimensión del sentido, se enfrenta con un marco teórico inconciliable respecto a los supuestos foucaultianos que sostienen su pensamiento.
In Portuguese
A teoria queer delineada por Judith Butler reconhece a noção de performatividade como uma peça central, particularmente ligada à teoria dos atos de fala de Austin. Sua relevância teórica, que quebra toda uma tradição moderna de pensamento, encontra dificuldades políticas quando seu construcionismo linguístico apaga a possibilidade de pensar em uma noção de forte agência política. No contexto desse problema teóricopolítico, são apresentadas as tentativas de Butler de conciliar o reconhecimento e a afirmação de um limite ao poder onipresente da linguagem na constituição do sujeito, com sua rejeição pós-estruturalista de admitir a existência de um registro extradiscursivo. Quando Butler vai à psicanálise para apontar essa dimensão do excesso, capaz de decompor a dimensão do significado, ele enfrenta um arcabouço teórico irreconciliável sobre as suposições foucaultianas que sustentam seu pensamento.
In English
Judith Butler’s queer theory acknowledges as its central piece the notion of performativity, particularly linked to Austin’s speech-acts theory. Its theoretical relevance, that destroys an entire modern tradition of thinking, finds political difficulties when its linguistic constructionism erases any possibility to conceive a strong notion of political agency. In the context of this theoretical-political problem, Butler’s attempts at reconciling the recognition and affirmation of a limit in language’s absolute power of constituting subjects, with her post-structuralist rejection to admit the existence of an extradiscursive realm. When Butler turns to psychoanalysis to point out that very dimension of excess, able to decomplete the dimension of meaning, she tackles an irreconcilable theoretical framework regarding the foucaultian assumptions that sustain her thinking.