Este artigo tem como objetivo refletir sobre a existência de um espaço para a memória e para o futuro da informática no Brasil em termos de histórias da informática, como formulação plural articulada a uma perspectiva local e situada para o campo disciplinar da história da informática. Na primeira parte do artigo, problematizamos as qualidades de singularidade, coesão e universalidade que parecem emergir das reflexões historiográficas de pesquisadores estadunidenses do campo. Em particular, defendemos que tais qualidades não se sustentam, através do destaque ao aspecto local e situado da comunidade estadunidense de historiadores/as da informática, isto é, sua endogenia relativa. Em seguida, o artigo se volta à comunidade de historiadores/as da informática brasileiros/as reunidos/as nos Simpósios de História da Informática na América Latina e Caribe (SHIALC), destacando seus vínculos e sua produção.
Em particular, abrimos um diálogo com perspectivas dos Estudos CTS que têm procurado refletir sobre as tensões/relações Norte-Sul/Global-Local/Universal- Situado e apontamos para a construção de uma informática (ou computação) (pós/de)colonial ou para um pensamento sobre a tecnociência em territórios como a América Latina que supere a ideia de mágica importada.