Busque entre los 156489 recursos disponibles en el repositorio
En las últimas décadas, la lucha de los organismos de derechos humanos en Argentina ha logrado importantes avances judiciales y de políticas públicas vinculadas a la memoria, la verdad y la justicia respecto de las atrocidades cometidas bajo el terrorismo de Estado. Actualmente, asistimos a la pretensión oficial de reinstalar el discurso negacionista, ante lo cual, desde el campo académico, la historia oral y los estudios sobre memorias permiten iluminar aspectos novedosos que demuestran la falacia de dicho discurso, a la vez que enriquecen la mirada sobre ese pasado que no pasa. Desde esta perspectiva, y basado en testimonios orales y documentos de archivo, este artículo aborda el caso de Héctor Domingo Inalef, detenido en El Bolsón por supuesta deserción al servicio militar en 1976 y desde entonces “desaparecido” hasta reencontrarse con su familia en 2014. Hijo mayor y principal sostén económico de una familia mapuche tradicionalmente dedicada al acopio y acarreo de leña, su historia abona la reflexión sobre la desaparición forzada en nuestro país, la superposición de la represión con las marcas de la desigualdad social, y las implicancias políticas y memoriales de la pobreza y la ruralidad en la frontera patagónica, tanto en tiempos dictatoriales como democráticos.
En inglésIn recent decades, the struggle of human rights organizations in Argentina has made major judicial and public policy advances linked to memory, truth, and justice regarding the atrocities committed under State terrorism. Currently, we witness the official aspiration to reinstall the denialist discourse, whereby, starting from the academic field, oral history and studies on memories allow us to illuminate novel aspects that demonstrate the fallacy of such a discourse, while enriching the look on this past that does not get over. From this perspective, and based on oral testimonies and archival documents, this article addresses the case of Héctor Domingo Inalef, detained in El Bolsón for alleged desertion from military service in 1976 and since then ‘missing’ until he met his family again in 2014. Eldest son and main economic support of a Mapuche family traditionally dedicated to the collection and carrying of firewood, his history improves the reflection on forced disappearance in our country, the overlap of repression with the marks of social inequality, and the political and memorial implications of poverty and rurality on the Patagonian border, both in dictatorial and democratic times.
En portuguésNas últimas décadas, a luta das organizações de direitos humanos na Argentina fez grandes avanços judiciais e de políticas públicas vinculadas à memória, verdade e justiça em relação às atrocidades cometidas sob o terrorismo de Estado. Atualmente, testemunhamos a aspiração oficial de reinstalar o discurso negacionista, segundo o qual, a partir do campo acadêmico, a história oral e os estudos sobre memórias permitem que iluminemos novos aspectos que demonstram a falácia de tal discurso, enquanto enriquecem o olhar sobre esse passado sem fim. A partir dessa perspectiva, e com base em testemunhos orais e documentos de arquivo, este artigo trata do caso de Héctor Domingo Inalef, detido em El Bolsón por suposta deserção do serviço militar em 1976 e desde então “desaparecido” até se reunir com sua família em 2014. Filho mais velho e principal suporte econômico de uma família mapuche tradicionalmente dedicada à coleta e ao transporte de lenha, sua história aprimora a reflexão sobre o desaparecimento forçado em nosso país, a sobreposição da repressão com as marcas da desigualdade social e as implicações políticas e memoriais da pobreza e da ruralidade na fronteira da Patagônia, tanto em tempos ditatoriais quanto democráticos.
Dossier: Terra e território no Brasil e América Latina: Sujeitos sociais, memória histórica e políticas públicas no tempo presente