Política tecnológica en Argentina: los Fondos Argentinos Sectoriales en el caso de la nanotecnología

Abstract

Las políticas para impulsar el cambio tecnológico constituyen un complejo desafío para los países latinoamericanos. En Argentina, a diferencia de los países desarrollados, las políticas de ciencia y tecnología (CyT) fueron influenciadas por una lógica basada en la oferta de conocimientos proveniente del sector académico. Esto se tradujo en la promoción de políticas horizontales: formación de recursos calificados en CyT, creación de infraestructura CyT y financiamiento de proyectos de Investigación y Desarrollo (I+D). Esta tendencia reforzó las debilidades estatales para el diseño e implementación de políticas orientadas a misiones enraizadas en problemas de relevancia socioeconómica. Las políticas de promoción a la nanotecnología, en el caso argentino, fueron estructuradas inicialmente bajo el enfoque de políticas horizontales. Ahora bien, los Fondos Argentinos Sectoriales (FONARSEC) fueron un instrumento de política novedoso, que buscó romper con esta tendencia al financiar proyectos para generar plataformas tecnológicas que generen innovaciones científico-tecnológicas y, en los cuales, se requería una fuerte participación empresarial. Este artículo se centra en el análisis del FONARSEC, para lo cual se estudian dos proyectos nanotecnológicos, buscando determinar sus fortalezas y debilidades.

Policies to promote technological change constitute a complex challenge for Latin American countries. In Argentina, unlike developed countries, science and technology (S&T) policies were influenced by a logic based on the supply of knowledge from the academic sector. This translated into the promotion of horizontal policies: training of qualified resources in S&T, creation of S&T infrastructure and financing of Research and Development (R&D) projects. This trend reinforced state weaknesses for the design and implementation of mission-oriented policies embedded in problems of socio-economic relevance. Policies to promote nanotechnology, in Argentine case, were initially structured under the horizontal policy approach. However, the Argentine Sectorial Funds (FONARSEC) were a novel policy instrument, which sought to break with this trend by financing projects to generate technological platforms that generate scientific and technological innovations and, in which, it was required strong business participation. This article focuses on the analysis of FONARSEC, through the study of two nanotechnological projects, seeking to determine their strengths and weaknesses.

As políticas de promoção da mudança tecnológica constituem um desafio complexo para os países latino-americanos. Na Argentina, ao contrário dos países desenvolvidos, as políticas de ciência e tecnologia (C&T) foram influenciadas por uma lógica baseada na oferta de conhecimento do setor acadêmico. Isso se traduziu na promoção de políticas horizontais: formação de recursos qualificados em C&T, criação de infraestrutura de C&T e financiamento de projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Essa tendência reforçou as fraquezas do Estado para a formulação e implementação de políticas orientadas para a missão, enraizadas em problemas de relevância socioeconômica. As políticas de fomento à nanotecnologia, no caso argentino, foram inicialmente estruturadas sob o enfoque da política horizontal. Já os Fundos Setoriais Argentinos (FONARSEC) foram um novo instrumento de política, que buscou romper com essa tendência financiando projetos de geração de plataformas tecnológicas que gerassem inovações científico-tecnológicas e nos quais fosse necessária uma forte participação empresarial. Este artigo se concentra na análise do FONARSEC, para o qual são estudados dois projetos de nanotecnologia, buscando determinar seus pontos fortes e fracos.