In Spanish
El articulo analiza la relación entre la infancia y el tiempo, a partir de dos dimensiones: 1-el desarrollo ontogenético y 2-las rutinas de la vida cotidiana de niños y niñas. Con respecto al primero, reflexiono sobre el impacto de la cronologización de la vida en las formas de modelizar y abordar el desarrollo infantil desde las disciplinas del desarrollo y planteo las criticas contemporáneas a estos modelos. En cuanto al segundo, me enfoco en los efectos de la cronologización de la vida en las rutinas de crianza y en la segregación de niños y niñas en espacios y actividades diferenciadas. En ambos coloco el énfasis en la revisión de supuestos que sustentan estas representaciones de la infancia y el desarrollo como parte de un modelo cultural WEIRD (Western, Educated, Industrialized, Rich, Democratic) producto del desarrollo social y científico en Occidente, que suele asumirse como universal y normal. Discuto las implicancias de considerar sólo una de las múltiples temporalidades que intervienen en el desarrollo humano y en la construcción social y cultural de las trayectorias vitales. El artículo se basa en la revisión de literatura y en la evidencia que surge de mi investigación etnográfica sobre la infancia y la crianza en comunidades rurales e indígenas de Argentina.
In Portuguese
O artigo analisa a relação entre infância e tempo, a partir de duas dimensões: 1-o desenvolvimento ontogenético e 2-as rotinas do cotidiano de meninos e meninas. Em relação ao primeiro, reflito sobre o impacto da cronologização da vida nas formas de modelagem e abordagem do desenvolvimento infantil a partir das disciplinas do desenvolvimento e proponho críticas contemporâneas a esses modelos. Quanto ao segundo, concentro-me nos efeitos da cronologia da vida nas rotinas de parentalidade e na segregação de meninos e meninas em diferentes espaços e atividades. Em ambos, coloco a ênfase na revisão dos pressupostos que sustentam essas representações da infância e do desenvolvimento como parte de um modelo cultural WEIRD (ocidental, educado, industrializado, rico, democrático), produto do desenvolvimento social e científico no Ocidente, que geralmente é assumido como universal e normal. Discuto as implicações de considerar apenas uma das múltiplas temporalidades que intervêm no desenvolvimento humano e na construção social e cultural das trajetórias de vida. O artigo é baseado em uma revisão da literatura e nas evidências que emergem de minha pesquisa etnográfica sobre a infância e a parentalidade em comunidades rurais e indígenas da Argentina.
In English
The article analyzes the relationship between childhood and time considering two dimensions: 1. Children’s ontogenetic development; 2. Children’s daily routines. Regarding the first one, I reflect on the impact of the chronologization of life in the construction of models and approaches to child development from the developmental disciplines and raise contemporary criticisms of these models. As for the second, I focus on the effects of the chronologization of life on child-rearing routines and the segregation of boys and girls in differentiated spaces and activities. In both, I emphasize the need for revision of assumptions that underpin these representations of childhood and development as part of a WEIRD (Western, Educated, Industrialized, Rich, Democratic) cultural model. This model is a product of social and scientific development in the West, however, it is often assumed to be universal and normal. I discuss the implications of considering only one of the multiple temporalities involved in human development and the social and cultural construction of life trajectories. The article is based on a literature review and data coming from my ethnographic research on childhood and parenting in rural and indigenous communities from Argentina.