En portugués
O artigo discute a politica urbana de Cambiemos na cidade de La Plata, capital da provincia de Buenos Aires, durante o periodo 2015-2019. La Plata. Voce esta em casa foi o slogan de governanca desta coalizao politica de direita que implementou um conjunto de politicas urbanas destinadas a “ordenar a (cidade como) casa”. A partir de um diagnostico decadente do estado da cidade difundido entre as classes media e alta, bem como um imaginario urbano em relacao a deve ser a cidade, a politica de securitizacao de Cambiemos operava como um poderoso dispositivo de hierarquia e regulacao do espaco urbano. Combinando repressao, policiamento e prevencao, essas politicas buscavam regular quem pode fazer o que, onde e quando, e envolveu o deslocamento, marginalizacao e/ou expulsao de praticas e pessoas informais (feirantes, vendedores nas ruas, prostituicao, centros culturais, entre outros) para gerar condicoes de investimento urbano. Em suma, foi a implantacao do urbanismo “revanchista” e “autoritario” que, em nome da seguranca e prevencao, implementou o modelo de “a cidade como casa”, regulando, deslocando e ate expulsando o que e considerado “fora do lugar”. Quem (nao) entra em casa? A imagem da cidade como casa tem afiliacoes politicas conservadoras e abre questoes fundamentais sobre a vida urbana democratica, como liberdade de acesso, condicoes iguais, direito a (in)diferenca, e possibilidades de dialogo e dissidencia em espacos que, por definicao, constituem areas de encontro entre diferentes e desiguais.
En inglés
In this article we analyze the urban policies of Cambiemos in the city of La Plata, capital of the Buenos Aries province from 2015 to 2019. La Plata, You Are at Home was the government slogan of this right-wing political coalition, which has implemented a heterogeneous set of urban strategies aimed to "organizing (the city as) a house". Based on a decadent diagnosis of the current city situation generalized between the middle and upper classes, as well as on an urban imagination regarding the must be of the city, the securitization policy of Cambiemos operated as a powerful device to rank and regulate urban space. Combining repression, policing and prevention, these policies sought to regulate who can do what, where and when and therefore involved the displacement, marginalization and expulsion of informal practices (popular fairs, peddlers, prostitution, cultural centers, among others) to generate investment conditions in the city. Cambiemos urban policy consisted in deployment of a "revanchist" and "authoritarian" urbanism that, in the name of security and prevention, implemented the model of "the (city as) house", regulating, displacing and even expelling whatever is considered "out of place". Who can (not) be in the house? The image of the city as a house has evident conservative political affiliations, which raises questions about fundamental issues for democratic urban life, such as access freedom, equal conditions, the right to (in) difference, and the possibilities of dialogue and dissent in spaces that, by definition, constitute meeting areas between different and unequal.