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Joaquín Frenguelli formó parte en 1923 de una expedición a la Región del Iberá, organizada en el marco de un proyecto nacional, conocido como Proyecto Mollard. Los pormenores del viaje fueron documentados en publicaciones, aportando descripciones técnicas y paisajísticas precisas de las localidades, especialmente de aquellas donde se recolectaron muestras. Una colaboración entre el Museo de La Plata y la Universidad de Colorado (EE.UU.), vinculada a estudiar la flora de diatomeas de agua dulce de Argentina, permitió que en mayo de 2019 se organizara una campaña a esta región, casi 100 años después de la expedición de Frenguelli, posibilitando así la experiencia única de repetir su itinerario. El objetivo principal de este trabajo fue ubicar las localidades originales visitadas por Frenguelli mediante el empleo de tecnologías modernas, tales como imágenes satelitales y sistemas de información geográfica, a fin de colectar en ellas nuevos materiales que servirán para evaluar los cambios ocurridos en los 97 años que median entre ambas expediciones. Para ello, se digitalizó una carta esquemática publicada en 1924 sobre la base de las descripciones en la bibliografía, se georreferenciaron de manera aproximada las localidades visitadas por Frenguelli, ajustando su ubicación a campo mediante la interpretación de las descripciones de los parajes dadas por el autor y, además, se tomaron muestras en los mismos sitios, con registro de sus coordenadas geográficas con GPS. Finalmente, se obtuvieron y procesaron imágenes satelitales cercanas a la fecha de la campaña, a fin de analizar la cobertura vegetal y uso de la tierra actual en toda el área de estudio. El análisis comparativo de todos estos materiales permitió establecer que, si bien grandes áreas se conservan en estado natural, en otras áreas de la región hubo grandes cambios vinculados con la expansión de las áreas urbanas, la disponibilidad de caminos y rutas y, principalmente, cambios significativos en el uso del suelo relacionados mayormente con la forestación. Los resultados obtenidos constituyen, en su conjunto, información de base, muy escasa hasta el presente, para llevar a cabo futuros estudios ambientales en la región.
In EnglishIn 1923 Joaquín Frenguelli took part in an expedition to the Iberá Region (NE Argentina) organized within the context of a major national program known as the Mollard Project. The details of this trip were documented in several publications that provided precise technical and landscape descriptions of the localities visited, particularly those where samples were collected. A joint collaboration between the Museo de La Plata and the University of Colorado (USA), aimed at studying the freshwater diatom flora of Argentina, led to undertaking a new field trip to the region in May 2019, almost 100 years after Frenguelli's expedition, offering the unique experience of going over his itinerary. The main purpose of this work was to locate the original sites visited by Frenguelli using modern technologies, such as satellite images and geographic information systems, in order to collect new materials to serve as references to evaluate the changes occurred during the 97 years elapsed between the two expeditions. To accomplish this, a schematic map published in 1924 was digitized based on the descriptions in bibliographical sources, the locations visited by Frenguelli were georeferenced by approximation, adjusting their location to the actual terrain by interpreting the author’s descriptions of those places. In addition, new samples were collected at the same sites and their geographic coordinates were recorded using GPS. Finally, satellite images captured close to the date of the field trip were obtained and processed, in order to analyze current land use and vegetation coverage throughout the study area. The comparative analysis of all these materials allowed us to establish that although large areas are still preserved in quite pristine conditions, other areas of the region have undergone marked changes associated with the expansion of urban areas, the development of roads and routes, and especially, significant changes in land use related mostly to forestry. These results represent baseline information, currently very scarce, that will enable the development of future environmental studies in the region.
In PortugueseJoaquín Frenguelli integrou em 1923 uma expedição à Região do Iberá, organizada no âmbito de um projeto nacional, conhecido como Projeto Mollard. Os detalhes da viagem foram documentados em publicações, fornecendo descrições técnicas e paisagísticas precisas das localidades, especialmente daquelas onde foram coletadas amostras. Uma colaboração entre o Museu de La Plata e a Universidade do Colorado (EUA), vinculada ao estudo da flora das diatomáceas de água doce da Argentina, permitiu que em maio de 2019 fosse organizado um trabalho de campo nesta região, quase 100 anos após a expedição de Frenguelli, possibilitando assim a experiência única de repetir o seu itinerário. O objetivo principal deste trabalho foi encontrar as localidades originais visitadas por Frenguelli através do uso de tecnologias modernas, tais como imagens de satélite e sistemas de informação geográfica, a fim de coletar nelas novos materiais que servirão para avaliar as mudanças ocorridas nos 97 anos que medeiam as duas expedições. Para isso, uma carta esquemática publicada em 1924 foi digitalizada com base nas descrições da bibliografia, as localidades visitadas por Frenguelli foram georreferenciadas de maneira aproximada, ajustando sua localização em campo por meio da interpretação das descrições dos lugares dadas pelo autor e, ademais, foram coletadas amostras nos mesmos locais, com registro de suas coordenadas geográficas com GPS. Finalmente, foram obtidas e processadas imagens de satélite próximas à data do trabalho de campo, a fim de analisar a cobertura vegetal e o uso do solo atual em toda a área de estudo. A análise comparativa de todos esses materiais permitiu estabelecer que, embora grandes áreas sejam conservadas em estado natural, em outras áreas da região ocorreram grandes mudanças relacionadas à expansão das áreas urbanas, à disponibilidade de estradas e vias e, principalmente, mudanças significativas no uso do solo relacionadas em grande medida ao florestamento. Os resultados obtidos constituem, em seu conjunto, informações de base, muito escassas até o presente, para a realização de futuros estudos ambientais na região.