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El objetivo del artículo es analizar los imaginarios que se (re) producen en los cursos de preparto de distintas instituciones de la ciudad de La Plata (provincia de Buenos Aires, Argentina), para el periodo comprendido entre el 2013 y el 2019. Siguiendo el esquema de una sociología de la atención médica de embarazos y partos que se basa en la (re) construcción de dos modelos analíticos de atención obstétrica (intervencionista y respetado), se analiza si dichos imaginarios que los cursos producen, abonan a uno u otro modelo o construyen zonas grises. El material empírico se compone de diarios de campo de observaciones con distintos grados de participación en treinta encuentros de seis cursos de preparto distintos; y de registros de entrevistas a mujeres-madres, varones-padres y profesionales de la salud obstétrica. Se analizan los discursos de estos cursos para conocer de qué modos promueven —si lo hacen— el acceso a derechos sexuales y reproductivos y a una atención respetuosa del proceso perinatal o, en otro extremo, si funcionan como dispositivo de transmisión e internalización de normas institucionales y biomédicas. Los cursos de preparto emergen como espacios de encuentro, de intercambio de saberes y experiencias y de (re) producción de imaginarios alrededor de lo normal y lo patológico, lo deseable y lo indeseable, para el tránsito del periodo perinatal, desde la gestación hasta la crianza y el maternaje. Se trata de espacios asistenciales-pedagógicos que adquieren rasgos peculiares según los grupos e instituciones coordinadoras. El desarrollo descriptivo y analítico realizado permitió concluir que en estos espacios se advierten zonas grises, tensiones, expectativas, metodologías y discursos diversos, pero que sigue primando una brecha entre lo que se dice en los cursos y lo que pasa en sala de partos, por la ausencia de líneas de trabajo generales que promuevan la atención obstétrica respetuosa de derechos humanos de las mujeres.
In EnglishThe objective of the article is to analyze the imaginaries that are (re) produced in the prepartum courses of different institutions in the city of La Plata (province of Buenos Aires, Argentina), for the period 2013-2019. Following the scheme of a sociology of medical care for pregnancies and childbirth that I developed in my doctoral thesis, based on the (re) construction of two analytical models of obstetric care (interventionist and respected), I will analyze whether said imaginary that the courses they produce, pay to one or another model or build gray. The empirical material consists of field diaries of observations with different degrees of participation in 30 meetings of 6 different prepartum courses; and records of interviews with women-mothers, men-fathers, and obstetric health professionals. The discourses of the courses are analyzed to find out in what ways they promote —if they do— access to sexual and reproductive rights and care that is respectful of the perinatal process or, at the other extreme, if they function as a device for the transmission and internalization of institutional and biomedical norms. Prepartum courses emerge as spaces for meeting, exchange of knowledge and experiences and (re) production of imaginaries around the normal and the pathological, the desirable and the undesirable, for the transit of the perinatal period, from pregnancy upbringing and mothering. These are care-pedagogical spaces that acquire peculiar features according to the coordinating groups and institutions. The descriptive and analytical development carried out allowed to conclude that in these spaces there are grays, tensions, expectations, methodologies, and diverse discourses, but that there is a gap between what is said in the courses and what happens in the delivery room, due to the absence of general lines of work that promote obstetric care respectful of women’s human rights.
In PortugueseO objetivo do artigo é analisar os imaginários que são (re) produzidos nos cursos pré-parto de diferentes instituições da cidade de La Plata (província de Buenos Aires, Argentina), no período entre 2013 e 2019. De acordo com o esquema de uma sociologia da assistência médica à gravidez e ao parto , baseado na (re) construção de dois modelos analíticos de assistência obstétrica (intervencionista e respeitada), analisa-se se esses imaginários, que os cursos produzem, contribuem para um ou outro modelo ou constroem áreas cinzentas. O material empírico consiste em diários de campo de observações com diferentes graus de participação em trinta encontros de seis diferentes cursos pré-parto, bem como registros de entrevistas com mulheres-mães, homens-pais e profissionais de saúde obstétrica. Os discursos dos cursos são analisados para saber de que forma promovem —se o fazem— o acesso aos direitos sexuais e reprodutivos e a cuidados que respeitem o processo perinatal ou, no outro extremo, se funcionam como dispositivo de transmissão e internalização das normas institucionais e biomédicas. Os cursos pré-parto surgem como espaços de encontro, troca de saberes e experiências e (re) produção de imaginários em torno do normal e do patológico, do desejável e do indesejável, para o trânsito do período perinatal, da gravidez para a maternidade. São espaços pedagógico- -assistenciais que adquirem características peculiares conforme os grupos e instituições coordenadores. O desenvolvimento descritivo e analítico realizado permitiu concluir que nestes espaços existem zonas cinzentas tensões, expectativas, metodologias e discursos diversos, mas que existe um distanciamento entre o que se fala nos cursos e o que passa na sala de parto, devido à ausência de linhas gerais de trabalho que promovam a assistência obstétrica respeitosa dos direitos humanos da mulher.