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En este artículo abordo el rol del turismo en la replicación de narrativas sobre el pasado indígena, a partir del caso de la Ciudad Sagrada de Quilmes (Tucumán, Argentina). La misma forma parte del circuito turístico de los valles Calchaquíes, desde su reconstrucción durante el gobierno de facto. Luego de años de usufructo privado, su recuperación en 2008 por la Comunidad India Quilmes produjo un trabajo de revisión y reconstrucción de narrativas propias sobre el pasado y el presente, que mostró una profunda imbricación entre el pasado material, la identidad, la comunalidad y el territorio. Posteriormente, un nuevo avance del plan de turismo comercial del estado provincial sobre el sitio reformuló dichas narrativas y desplazó varios sentidos que la comunidad había puesto de relieve. A partir del material de campo y revisión de notas periodísticas sobre ese proceso, me preguntaré el rol de lxs turistas en el mismo. Si motorizan el mercado turístico como consumidores, ¿es posible considerarlos —más allá de su importancia económica— como un conjunto de posibles vectores de difusión de narrativas y, por lo tanto, como recursos para la construcción política de las comunidades en lucha territorial? Y si así fuera ¿cómo son disputados por la agencia estatal?
En inglésIn this article, the role of tourism in the replication of narratives about the indigenous past is discussed, based on the case of the Sacred City of Quilmes (Tucumán, Argentina), which has been part of the tourist circuit of the Calchaquí Valleys since its reconstruction during the de facto government. After years of private use, its recovery by the Quilmes Indian Community in 2008 produced a work of revision and reconstruction of its own narratives about the past and the present, which showed a profound interweaving among the material past, identity, communality, and territory. Subsequently, a new advance of the provincial state’s commercial tourism plan on the site reformulated these narratives and displaced several meanings that the Community had highlighted. Based on field material and a review of newspaper articles about this process, I will ask myself about the role of tourists in this process. If they drive the tourist market as consumers, is it possible to consider them —beyond their economic importance— as a set of possible vectors for the dissemination of narratives and, therefore, as “resources” for the political construction of communities in territorial struggle? And if so, how are they contested by the state agency?
En portuguésNeste artigo, eu refiro-me ao papel do turismo na replicação de narrativas sobre o passado indígena, com base no caso da Cidade Sagrada de Quilmes (Tucumán, Argentina), que faz parte do circuito turístico dos Vales Calchaquíes desde sua reconstrução durante o governo de facto. Sua recuperação em 2008 pela Comunidade Indígena Quilmes, após anos de uso privado, produziu um trabalho de revisão e reconstrução de suas próprias narrativas sobre o passado e o presente, que mostrou um profundo entrelaçamento entre o passado material, a identidade, a comunalidade e o território. Posteriormente, um novo avanço do plano de turismo comercial do estado provincial no local reformulou estas narrativas e deslocou vários significados que a Comunidade tinha/ havia destacado. Com base no material de campo e numa análise de artigos de jornal sobre este processo, vou me questionar sobre o papel dos turistas neste processo. Se eles impulsionam/impulsionarem o mercado turístico como consumidores, é possível considerá-los - além de sua importância econômica - como um conjunto de possíveis vetores para a disseminação de narrativas e, portanto, como “recursos” para a construção política de comunidades em luta territorial? E se for assim, como eles são contestados pela agência estatal?