Unidad, fragmentación y convergencia de las ciencias en el capitalismo

Abstract

En este trabajo se aborda la cuestión epistemológica en torno a la unidad y fragmentación del saber inserta en una perspectiva amplia: la historia del capitalismo. Se recorren tres etapas de esa historia, destacando los aspectos centrales de la discusión en su relación con la fase capitalista en cada momento. Durante el período mercantil, la separación entre teología y filosofía. Durante el capitalismo industrial, la especialización disciplinar de la mano de otros cuatro procesos: secularización, burocratización, profesionalización y nacionalización. Finalmente, más extensamente, se aborda la etapa actual del capitalismo informacional, en la que se consideran dos aspectos primordiales. Por un lado, seis oposiciones conceptuales que están sufriendo transformaciones en el actual contexto (humanidad/naturaleza, humanos/no-tan-humanos, economía/cultura, lo expuesto/lo íntimo, humanidad/máquinas, ciencia/opinión). Por otro lado, se sostiene la hipótesis de la existencia de un proceso de convergencia de las ciencias en dos niveles. Primero, una convergencia que reúne aspectos técnicos, metodológicos y axiológicos, entre otros. Y otra convergencia en lo conceptual, donde se observa en el surgimiento de campos transdisciplinarios como productos híbridos en los que se evidencian las tendencias al borramiento de dicotomías descritas anteriormente. Por último, se retoma la discusión que dio origen a este trabajo en torno al retorno a la economía política de Karl Marx y se concluye, como corolario de la exposición anterior, que es preciso ubicar el debate epistemológico actual en relación con las tendencias del capitalismo contemporáneo.

This paper considers the epistemological question of the unity and fragmentation of knowledge within a broad perspective: the history of capitalism. It traces three stages of this history, highlighting the central aspects of the discussion in relation to the capitalist phase at each moment. During the mercantile period, the separation between theology and philosophy. Under industrial capitalism, the specialisation of disciplines along with four other processes: secularisation, bureaucratisation, professionalisation and nationalisation. Finally, more extensively, the current stage of informational capitalism is examined, in which two main aspects are considered. On the one hand, six conceptual oppositions that are undergoing transformations in the current context (humanity/nature, human/not-so-human, economy/culture, the exposed/intimate, humanity/machines, science/opinion). On the other hand, it is hypothesised that there is a process of convergence of the sciences on two levels. First, a convergence, made possible by digital technologies and global corporations, that brings together technical, methodological, axiological and other aspects. And another convergence at the conceptual level, where it is observed in the emergence of transdisciplinary fields as hybrid products in which the tendencies to erase the dichotomies described above are evident. Finally, we return to the discussion that gave rise to this work on the return to the political economy of Karl Marx and conclude, as a corollary of the previous exposition, that it is necessary to locate the current epistemological debate in relation to the tendencies of contemporary capitalism.

Este trabalho aborda a questão epistemológica da unidade e fragmentação do conhecimento dentro de uma perspectiva ampla: a história do capitalismo. Traça três etapas desta história, destacando os aspectos centrais da discussão em relação à fase capitalista em cada momento. Durante o período mercantil, a separação entre a teologia e a filosofia. Durante o capitalismo industrial, a especialização disciplinar em conjunto com quatro outros processos: secularização, burocratização, profissionalização e nacionalização. Finalmente, mais amplamente, é abordada a actual fase do capitalismo informacional, na qual dois aspectos principais são considerados. Por um lado, seis oposições conceptuais que estão a sofrer transformações no contexto actual (humanidade/natureza, humano/não tão-humano, economia/cultura, a exposição/estimativa, humanidade/máquinas, ciência/opinião). Por outro lado, é feita a hipótese de que existe um processo de convergência das ciências a dois níveis. Em primeiro lugar, uma convergência, tornada possível pelas tecnologias digitais e corporações globais, que reúne aspectos técnicos, metodológicos, axiológicos e outros. E outra convergência a nível conceptual, onde se observa na emergência de campos transdisciplinares como produtos híbridos em que as tendências para suprimir as dicotomias acima descritas são evidentes. Finalmente, voltamos à discussão que deu origem a este documento sobre o regresso à economia política de Karl Marx e concluímos, como corolário da exposição anterior, que é necessário localizar o actual debate epistemológico em relação às tendências do capitalismo contemporâneo.