Salud mental en la niñez: género y vulnerabilidad

Abstract

El presente trabajo expone el marco teórico-conceptual de un estudio epidemiológico de una población infantil. La Organización Mundial de la Salud estima que una quinta parte de los niños y niñas a nivel mundial sufre algún padecimiento de salud mental. Nuestro país cuenta con escasos estudios epidemiológicos en la materia y son casi inexistentes los datos confiables a nivel nacional. Asimismo, se observan extendidas situaciones de maltrato y de violencia sexual, registrándose una marcada diferencia según el género. Estas diferencias se observan también en las manifestaciones clínicas: los varones suelen presentar síntomas más “desadaptativos” para el entorno que las niñas, quienes muestran frecuentemente signos de ansiedad o depresión que resultan inadvertidos. Por este motivo las niñas son derivadas a la consulta en mucha menor medida que los varones, o sólo tardíamente. La pronta detección del padecimiento psíquico en la niñez permitirá realizar intervenciones psicológicas tempranas y preventivas.

O presente trabalho expõe o marco teórico-conceitual de um estudo epidemiológico de uma população infantil. A Organização Mundial de Saúde estima que um quinto das crianças, em nível mundial, sofre algum padecimento na esfera da saúde mental. Nosso país conta com escassos estudos epidemiológicos na matéria, e são quase inexistentes os dados confiáveis no âmbito nacional. Assim mesmo, são observadas inúmeras situações de maltrato e violência sexual, registrando-se uma acentuada diferença de gênero. As diferenças de gênero são também observadas nas manifestações sintomáticas: os garotos frequentemente apresentam sintomas mais “desadaptativos” em relação ao entorno do que as garotas, que apresentam comumente sintomas de ansiedade ou depressão que costumam passar despercebidos. Por esse motivo as meninas são encaminhadas à consulta clínica em menor escala do que os meninos, ou apenas tardiamente. A pronta detecção do padecimento psíquico na infância permitirá realizar intervenções psicológicas mais cedo e de forma preventiva.

This paper shows the theoretical and conceptual framework of an epidemiological study in a child population. The World Health Organization estimates that 20 percent of boys and girls worldwide experience a mental health condition. Our country has few epidemiological studies on this matter and there is almost no reliable data. Likewise, there are widespread situations of abuse and sexual violence, evidencing a marked difference by gender. Gender differences are also noticed in symptomatic manifestations: boys tend to present more maladaptive symptoms to the environment than girls. The girls often have unnoticed symptoms of anxiety or depression. For this reason, fewer girls are referred to mental health care and later than boys. Early detection of mental illness in childhood will allow for early and preventive psychological interventions.