En español
El presente artículo reflexiona sobre los modos singulares en que Julio Cortázar escribe e inscribe en el ámbito latinoamericano su experiencia del proyecto revolucionario sandinista. Contra una lectura especializada que lo sitúa como un observador netamente optimista de dicho proceso, el itinerario textual que proponemos recorrer parte de una relectura de su relato "Apocalipsis de Solentiname" para pensar las implicancias político-comunitarias de la dimensión apocalíptica en los escritos nicaragüenses de Cortázar. La hipótesis que ofrecemos es que su escritura recupera la potencialidad crítica de la idiotez, en su particular sentido filosófico, para abrir una terceridad que suspende el pensamiento bipolar dominante en el campo intelectual latinoamericano hacia fines de la década de 1970 y comienzos de la de 1980 y permite concebir otras formas de hacer comunidad.
En portugués
Este artigo reflete sobre as formas singulares com que Julio Cortázar escreve e inscreve sua experiência do projeto revolucionário sandinista no contexto latino-americano. Ao contrário de uma leitura especializada que o coloca como um observador claramente otimista do referido processo, o itinerário textual que nos propomos percorrer parte de uma releitura de seu conto "Apocalipse de Solentiname" para pensar as implicações político-comunitárias da dimensao apocalíptica nos escritos nicaraguenses de Cortázar. A hipótese que oferecemos é que sua escrita recupera a potencialidade crítica da idiotice, em seu sentido filosófico particular, para abrir uma terceiridade que suspende o pensamento bipolar dominante no campo intelectual latino-americano do final dos anos 1970 e início dos anos 1980 e nos permite conceber outras formas de fazer comunidade.
En inglés
This article reflects on the singular ways in which Julio Cortázar writes and inscribes his experience of the Sandinista revolutionary project in the Latin American context. Contrary to a specialized reading that places him as a clearly optimistic observer of said process, the textual itinerary that we propose to go through starts from a rereading of his short story "Apocalypse of Solentiname" to think about the political and community implications of the apocalyptic dimension in Cortázar Nicaraguan texts. The hypothesis that we offer is that his writing recovers the critical potentiality of idiocy, in its particular philosophical sense, to open a thirdness that suspends the dominant bipolar thinking in the Latin American intellectual field of the late 1970s and early 1980s and allows us to conceive other ways of making community.