En español
La actividad humana ha alterado profundamente los procesos biogeoquímicos de la Tierra. Al mismo tiempo, los razonamientos sobre la consideración moral de entidades no humanas están dando lugar a nuevas responsabilidades. Este artículo explora la zona de convergencia entre los procesos antropogénicos acelerados y el reciente reconocimiento del valor de animales no humanos, valor que desafía el excepcionalismo antropocéntrico. Se argumenta que las responsabilidades en el Antropoceno son heterogéneas y jerárquicas, y que las decisiones humanas tienen un impacto significativo en el bienestar de entidades no humanas.
Además, se discuten las responsabilidades tecnocénicas en la era de la inteligencia artificial y la posibilidad de desarrollar prácticas distintas para minimizar una antroposfera que, con su desorden, aumenta el sufrimiento de humanos y no humanos.
En inglés
Human activity has profoundly altered Earth's biogeochemical processes.
Simultaneously, considerations regarding the moral status of non-human entities are giving rise to new responsibilities. This article explores the convergence between accelerated anthropogenic processes and the recent recognition of the value of nonhuman animals, a value that challenges anthropocentric exceptionalism. It is argued that responsibilities in the Anthropocene are heterogeneous and hierarchical, and that human decisions have a significant impact on the well-being of non-human entities. Additionally, technocentric responsibilities in the age of artificial intelligence are discussed, as well as the possibility of developing different practices to minimize an anthrosphere that, with its disorder, increases the suffering of both humans and non-humans.
En portugués
A atividade humana alterou profundamente os processos biogeoquímicos da Terra. Ao mesmo tempo, os argumentos sobre a consideração moral de entidades não humanas estão a dar origem a novas responsabilidades. Este artigo explora a zona de convergência entre os processos antropogénicos acelerados e o recente reconhecimento do valor dos animais não humanos, um valor que desafia o excepcionalismo antropocêntrico.
Argumenta-se que as responsabilidades no Antropoceno são heterogêneas e hierárquicas, e que as decisões humanas têm um impacto significativo no bem-estar das entidades não humanas. Além disso, são discutidas as responsabilidades do tecnoceno na era da inteligência artificial e a possibilidade de desenvolver diferentes práticas para minimizar uma antroposfera que, com sua desordem, aumenta o sofrimento de humanos e não humanos.