Diversas áreas de pesquisa buscam atualmente conquistar a padronização em suas respectivas tecnologias. Em Sistemas Operacionais o desejo de padronização deve-se, principalmente, á questão da portabilidade, possibilitando a independência dos programas em relações aos sistemas operacionais e á s máquinas onde são executados. No âmbito do tempo-real isso se torna mais crucial pelo fato da necessidade de se ter previsibilidade, ou seja, a garantia de que determinado evento ou tarefa aconteça dentro de um intervalo de tempo especificado ou até um certo tempo limite.
Muitas vezes Sistemas Operacionais para Tempo-Real apresentam características específicas de uma determinada aplicação e, portanto, são ainda mais difíceis de serem padronizados, levando a uma maior complexidade e diversidade de soluções para cada aspecto a ser considerado. Em geral, tem-se como objetivo determinante, a padronização do mecanismo utilizado para garantir as características de tempo-real. Uma questão a ser levantada é a possibilidade de se garantir a existência de um padrão de direito e de fato, e se isso garantirá a portabilidade e a previsibilidade.
O presente artigo analisa os diversos aspectos propostos no padrão POSIX.4 (1003.1b) e POSIX.4a (1003.1c), tais como: comunicação entre processos; compartilhamento de memória; sincronização; escalonamento e threads, traçando também um comparativo com sistemas operacionais de tempo-real conhecidos, tanto aqueles considerados comerciais quanto os acadêmicos.