A difusão do uso dos computadores nas práticas criminosas, associada ao vertiginoso crescimento da capacidade de armazenamento de dados dos dispositivos de armazenamento computacional, vem sobrecarregando as unidades de perícia criminal da área de Informática. Assim, a utilização de estratégias para processamento e triagem desses dados antes deles serem encaminhados à perícia criminal se faz necessária. Neste trabalho, os autores propõem um modelo de Triagem de Dados Digitais a ser aplicado aos dispositivos de armazenamento apreendidos em médias e grandes operações policiais. A triagem é realizada pelos investigadores utilizando os meios disponibilizados pela equipe pericial e, após a análise, somente os itens considerados relevantes pela equipe de investigação são encaminhados para a perícia realizar os devidos exames. Em um estudo de caso apresentado neste trabalho, o método proposto possibilitou a redução em 85% do número de itens e em 80% no volume de dados a analisar pelos peritos criminais, trazendo maior celeridade e melhores resultados aos casos. Dessa forma, o uso de um sistema de triagem provou ser eficiente e pode ser aplicado em casos similares para reduzir o volume de dados digitais a serem periciados e, consequentemente, reduzindo o tempo gasto pelos peritos criminais de computação forense.