O governo da presidente Dilma Rousseff foi marcado, em seu primeiro mandato, por uma política econômica incapaz de manter a média de crescimento de 4,0%, obtido durante os oito anos de mandato do seu antecessor, o presidente Luís Inácio Lula da Silva. De fato, o Brasil entrou em recessão técnica com recuo da economia de -0,2% no primeiro trimestre e de -0,6% no segundo trimestre de 2014, quadro que foi revertido no terceiro trimestre do referido ano, com o avanço pífio do PIB em 0,1% (IBGE, 2014) e PIB para o ano de 2015 com recuo de -3,05%, segundo o relatório BACEN/FOCUS de 30 de agosto de 2015.
As possíveis causas de tal retrocesso da atividade econômica apresentam diferentes motivos, dependendo da ótica de quem analisa. Pela ótica do Governo, a recessão seria causada pela “desaceleração econômica mundial, falta de chuva e pelo grande número de feriados”, como apontado pelo então ministro da fazenda, Guido Mantega, ao explicar as razões do recuo do PIB em – 0,6% no segundo trimestre de 2014. Já pela ótica dos analistas independentes, o problema pode ser explicado pelo enfraquecimento da demanda doméstica e da oferta (Schymura, 2015: 7).
Independente da ótica de análise, os estudos já realizados, no intuito de diagnosticar as causas do enfraquecimento da atividade econômica durante o primeiro e início do segundo mandato da presidenta Dilma, ainda são incipientes e pouco se sabe sobre quais variáveis podem ter causado a estagnação econômica observada até aqui. Assim o presente artigo tem por objetivo identificar os possíveis erros de concepção da politica econômica implementada pelo governo Dilma Rousseff conhecida por a Nova Matriz Econômica bem como explicar como tais erro degradaram o Pilar Macroeconômico do Plano Real levando ao recessão econômica no primeiro e inicio do segundo mandato da presidenta Dilma.