En español
La atención hospitalaria al nacimiento en nuestro país, se caracteriza por ser altamente medicalizada, intervencionista y por elidir los aspectos subjetivos de los protagonistas.
Reflexionaremos sobre las razones que posibilitan dicho escenario, a pesar de existir un extenso marco legal y vasta evidencia científica que refleja los efectos negativos de este modelo atencional. Estas prácticas son el reflejo de lógicas patriarcales que subyacen a los entramados relacionales de nuestra sociedad y una de las tantas formas que adopta la violencia de género en la actualidad. Considerando al nacimiento como un evento profundamente subjetivo, significativo y singular, puntualizaremos acerca de las posibles consecuencias emocionales y trazas subjetivas que devienen de la atención dominante. Además, visibilizaremos la necesidad urgente de un cambio de paradigma para instalar al parto respetado como la norma y como un evento a cuidar y proteger en relación a la salud mental de la sociedad entera.
En portugués
Atendimiento hospitalar de nascimento em nosso país, caracteriza-se por ser altamente medicalizado e intervencionista e por deixar de lado os aspectos subjetivos daqueles que são protagonistas.Neste trabalho, refletiremos sobre as razões que tornam esse cenário possível, apesar da existência de um extenso marco legal e de uma vasta evidência científica que reflete os efeitos negativos desse modelo de atenção. Essas práticas são o reflexo das lógicas patriarcais que permeiam as redes relacionais de nossa sociedade e uma das muitas formas que a violência de gênero adota hoje.
Considerando o nascimento como um evento profundamente subjetivo, significativo e singular, apontaremos as possíveis consequências emocionais e traços subjetivos que vêm da atenção dominante. Além disso, vamos destacar a necessidade urgente de uma mudança de paradigma pra instalar o parto respeitado como norma e como um evento pra cuidar e proteger em relação à saúde mental de toda a sociedade.
En inglés
In our country, hospital care during childbirth is highly medicalized and interventionist, and leaves aside subjective aspects of those who are protagonists. In this paper, we analyze the reasons that make this scenario possible, despite the existence of an extensive legal framework and vast scientific evidence that show the negative effects of this model. These practices reflect the patriarchal logics which underlie the relational social fabric of our society and one of the many forms that gender violence adopts today. Considering birth as a deeply subjective, significant and singular event, we draw attention to the possible emotional consequences and subjective traces that result from the dominant attention model. In addition, we highlight the urgent need for a change of paradigm in order to install respected childbirth as the norm and as an event to take care of and protect in relation to the mental health of the whole society.