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Desde 1955 hasta la última dictadura militar, Argentina atravesó un período de creciente conflictividad social y política. Las organizaciones armadas fueron actores destacados en este proceso. Entre ellas, las Fuerzas Armadas Revolucionarias (FAR) condensan dos problemáticas clave del período: la identificación con el peronismo de vastos sectores de izquierda y la reivindicación de la violencia como forma de intervención política. Este artículo reconstruye los orígenes y la historia de las FAR entre 1960 y 1973, considerando 2 ejes analíticos: 1) el proceso de identificación de las FAR con el peronismo desde una perspectiva marxista y un proyecto socialista; y 2) su dinámica de funcionamiento como organización político-militar. En relación con ellos, se fundamentan 3 hipótesis. 1) Que los fundadores de las FAR atravesaron un proceso de doble ruptura (política e ideológica) respecto de sus partidos políticos de origen. 2) Que, sin embargo, las nuevas posturas conservaron ciertas huellas de origen que le imprimieron a las FAR su perfil distintivo. Y 3) que hacia 1972 tal perfil experimentó sustantivas variaciones que explican su acercamiento a Montoneros. Este artículo está basado en una estrategia metodológica cualitativa y se sustenta en fuentes documentales escritas y en entrevistas a ex-miembros de la organización.
En portuguésFrom 1955 until the last military dictatorship, Argentina went through a period of increasing social and political conflict. Armed organizations were prominent actors in this process. Among them, the Argentine Revolutionary Armed Forces (FAR) condense two key issues in the period: identification with Peronism in vast sectors of the left-wing and vindication of violence as a means of political intervention. This article reconstructs the origins and history of the FAR between 1960 and 1973, considering 2 analytical axes: 1) the process of identifying the FAR with Peronism from a Marxist perspective and a socialist project; and 2) its functioning dynamics as a political-military organization. Regarding them, 3 hypotheses are grounded. 1) That founders of the FAR went through a process of double break (political and ideological) concerning their political parties of origin. 2) That, nevertheless, the new positions preserved certain traces of origin that provided the FAR with its distinctive profile. And 3) that by 1972 such a profile underwent major variations that explain its closeness to Montoneros. This article is based on a qualitative methodological strategy and it is grounded in written documentary sources and interviews with former organization members.
En inglésDesde 1955 até a última ditadura militar, a Argentina passou por um período de crescente conflito social e político. As organizações armadas foram atores proeminentes nesse processo. Entre elas, as Forças Armadas Revolucionárias (FAR) condensam duas questões-chave no período: a identificação com o peronismo de vastos setores da esquerda e a reivindicação da violência como meio de intervenção política. Este artigo reconstrói as origens e a história das FAR entre 1960 e 1973, considerando 2 eixos analíticos: 1) o processo de identificação das FAR com o peronismo sob uma perspectiva marxista e um projeto socialista; e 2) sua dinâmica de funcionamento como organização político-militar. Em relação a eles, 3 hipóteses são fundamentadas. 1) Que os fundadores das FAR passaram por um processo de dupla ruptura (política e ideológica) em relação aos seus partidos políticos de origem. 2) Que, no entanto, as novas posturas preservaram certos vestígios de origem que proporcionaram às FAR seu perfil distintivo. E 3) Que, em 1972, tal perfil sofreu grandes variações que explicam sua aproximação com Montoneros. Este artigo baseia-se em uma estratégia metodológica qualitativa e fundamenta-se em fontes documentais escritas e entrevistas com ex-membros da organização.