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Dentro de la historia del establecimiento y desarrollo de un discurso de rigor metodológico y legitimidad institucional cuyo objeto y espacio fuera el del español americano —y particularmente los procesos de contacto que lo atraviesan—, los trabajos de Rudolf Lenz marcan un verdadero punto de inflexión, consistente sobre todo en la reformulación de los términos del estudio y el debate en torno a la cuestión de la lengua (sobre todo, castellana) en América. El presente trabajo se propone observar cómo el trabajo de Lenz, que integra —no sin polémica— la mirada descriptiva/etnográfica del lingüista europeo al discurso sobre la lengua americana, atraviesa al mismo tiempo dos terrenos decisivos para la historia de los discursos sobre la lengua en América Latina y su relación con las diversas formas de la construcción de la identidad y la alteridad criollas: la formación de las variedades del español habladas por los criollos blancos en el contacto con las lenguas indígenas y la formación de los criollos en el Caribe. Lenz incluye así nuevos sujetos y formas, hasta entonces representadas como el desvío o borde exterior del deber ser de la lengua, afirmando la necesidad imperiosa de su estudio desde una posición novedosa para el ámbito latinoamericano: la del lingüista profesional. Así, este trabajo atenderá, en el examen de diversas instancias en la obra de Rudolf Lenz, al modo en el cual se da forma a un discurso científico sobre la lengua a partir de su dramatis personae: el gramático, el filólogo, el lingüista, el público al que se dirige, las formas y tensiones en la caracterización de su objeto —su definición, sus límites, su relevancia, su organización interna— y sobre todo, en la caracterización de los sujetos que debe incorporar.
In EnglishWithin the history of the establishment and development of scientific legitimate and rigorous discourse on American Spanish —and particularly on the language contact processes which it involves—, the work of Lenz represents an actual turning point, consisting in the reformulation of the terms of study and debate on language (especially Spanish) in Latin America. The following paper aims at depicting how the work of Lenz (which integrates —sometimes controversially— the descriptive-ethnographic gaze of European linguistics to the discourse on American Spanish) crosses two areas critical to the history of discourses on language in Latin America and its relationship to the various forms of construction of Creole identity and Creole otherness: the formation of varieties of Spanish spoken by the white Creoles in contact with indigenous languages, and the formation of Creole languages in the Caribbean. Lenz incorporates new subjects and forms to the language question, which were considered until that time as marginal deviances of what proper language was supposed to be, affirming therefore the urgent need of their study from a fairly new point of view in the Latin American context: that of the professional linguist. Thus, this paper shall address, by examining Lenz’s texts, the way in which scientific discourse on language is shaped: its dramatis personae (the grammarian, the philologist, the linguist, the audience it addresses), the forms and tensions in the characterization of its object (its definition, boundaries and relevance, its internal organization), and especially in the characterization of the subjects that should be incorporated in the representation of its research object.
In PortugueseNo contexto da história da criação e desenvolvimento de um discurso de rigor metodológico e legitimidade institucional, cujo objeto e espaço seria o espanhol americano —e particularmente os processos de contatos que o atravessam—, os trabalhos de Rudolf Lenz marcam um verdadeiro ponto de inflexão, consistindo principalmente em reformular os termos do estudo e debate sobre a questão da linguagem (especialmente castelhana) na América. Este trabalho se propõe observar como o trabalho de Lenz que integra —não sem controvérsia— o olhar descritivo-etnográfico do linguista Europeu sobre o discurso da linguagem americana, enquanto atravessa ao mesmo tempo duas áreas cruciais para a história dos discursos sobre a língua na América Latina e sua relação com as diversas formas de construção da identidade e da alteridade crioulas: a formação das variedades do espanhol falado pelos crioulos brancos em contato com as línguas indígenas, e a formação dos crioulos no Caribe. Lenz inclui novos temas e formas até então representados como o desvio ou borda externa daquilo que deveria ser a língua padrão, afirmando a necessidade imperativa de seu estudo a partir de uma nova tendência para o âmbito latino-americano: a do linguista profissional. Assim, este trabalho terá como corpus de análise os trabalhos de Rudolf Lenz, e a maneira pela qual se dá forma a um discurso científico sobre a língua a partir de seu dramatis personae: o gramático, filólogo ou linguista, o público a que se destina as formas e tensões na caracterização de seu objeto, sua defini - ção, seus limites, sua relevância, sua organização interna, e, sobretudo, a caracterização dos sujeitos a serem incorporados.