A reflexão crítica e sociológica acerca do tratamento medicamentoso e psiquiátrico de crianças diagnosticadas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é a finalidade deste trabalho. Há numerosos trabalhos e discussões atuais sobre o transtorno e o uso de medicamentos como sua principal forma de tratamento, especialmente em áreas do conhecimento como Psiquiatria, Psicologia, Educação e Saúde Coletiva. Em Sociologia, pouco ainda se fala sobre o assunto, a não ser sobre um tema correlato: a medicalização social. Assim, uma reflexão que busque as relações entre TDAH, medicamento e sociedade é importante para as discussões sociológicas em termos de medicalização. Originado de minha pesquisa de Mestrado, este trabalho privilegia suas discussões e interpretações baseando-se nas falas de psiquiatras, pais e crianças diagnosticadas como portadoras de TDAH e no que elas nos revelam sobre o assunto.