Trabalhando vida e obra de pensadores brasileiros, tenho debatido metodologias e paradigmas das Ciências Sociais e de histórias de vida, principalmente instigada pelo silêncio universitário sobre o método dialético de análise do social. A tendência cada vez mais dominante nas Universidades brasileiras é de um tecnicismo subserviente às determinações do Banco Mundial, de produtivismo regulado e avaliado pelas empresas indexadoras norte americanas – SCOPUS e ISI. No Brasil, para O CNPQ e a CAPS o órgão indexador é o SCIELO, rígido seguidor de todas as normas norte-americanas para avaliar a produção universitária brasileira. Neste processo, a Universidade se distancia cada vez mais dos debates e se produz trabalho para ser aprovado pelas agências indexadoras da produção de professores e alunos, o que contribui para que se evite, para estudos biográficos, a escolha de temas e personalidades intelectuais do pensamento social brasileiro, que signifiquem ou tenham significado pensamento crítico ao estabelecido sistema sócio político econômico neoliberal.