No modelo exclusivamente produtivista o indivíduo humano é tido como meramente um mecanismo de ação, gerando excedentes como poluição e concentração da maior parte do capital na mão dos investidores, sem que estes mesurem o custo ambiental e social. Em contrapartida a agricultura familiar em grande parte contradiz a proposta da produção exclusivista ao capital ao comprovarem a eficácia de modelos autônomos baseados na própria unidade, no consumo e geração de energia, socialmente saudáveis e economicamente viáveis. Neste sentido é importante cada vez mais dentro da autonomia do agricultor familiar, percebe-lo como principal ator do seu agroecossistema e assim enxergar e desenhar suas deficiências e potencialidades, de forma a favorecer a agricultura familiar, a agroecologia e o meio ambiente, ressaltando o desenvolvimento local, como chave para a exequibilidade de projetos que visem a sustentabilidade de agroecossistemas. Trata-se neste trabalho de descrever a agricultura familiar em regiões de montanha baseada em modelos organizados pela própria unidade, com base na técnica de modelização de agroecossistemas.