Este artigo propõe discutir, à luz dos trabalhos de Apple (1982,1989) e Goodson (1997), a estrutura curricular implementada na Escola de Professores do Instituto de Educação, mais tarde transformada em Escola de Educação da Universidade do Distrito Federal, que acabaria sendo extinta em 1939. Dividese a exposição em três momentos: a) os pressupostos que fundamentaram a Escola, segundo a visão de seus criadores, ou seja, o discurso oficial que se tem acerca da experiência, registrado nos Arquivos ; b) uma análise crítica sobre os valores implícitos nesta matriz curricular e que dizem respeito a paradigmas da Educação Nova, com forte ênfase nos aspectos biológicos e psicológicos do processo ensino-aprendizagem; c) a resistência constatada através das práticas de alguns professores, deixando entrever tensões no interior de um projeto que se legitimou como vitorioso pela memória que se construiu a seu respeito.