Desde a chamada primeira onda do feminismo muita coisa aconteceu. Depois de lutarmos por direitos civis e reprodutivos foram agregadas novas pautas. Muitos dos questionamentos e lutas permanecem bandeiras ativas dentro do campo feminista, entendendo que o feminismo forma um campo como denominado por Bourdieu(2004), mas, todavia, é um campo com uma grande diversidade interna. Diversidade que tendeu a crescer acompanhada por outros movimentos: sociais, identitários, de juventude e muitos outros. Essa comunicação pretende enfocar um destes movimentos feministas emergentes, o movimento Riot Grrrl, e debater algumas de suas práticas dando uma historicidade a sua formação.
O “movimento” Riot Grrrl surge em um meio taxado como masculino e pouco ligado as mulheres, devido principalmente a atribuição de v iolência tanto estética, quanto musical/cultural. Seu “berço”, o movimento punk, é visto por muitos como um espaço masculino/masculinizado, o interessante é perceber como o “barulho” das músicas punks, o visual agressivo e o “faça você mesmo” (do it yourself) atraem muitas mulheres que ficam, muitas vezes, invizibilizadas nas narrativas sobre o punk (GALLO, 2010).