As indagações formuladas por este artigo procuram compreender por quais modos a ditadura brasileira reagiu diante da realidade do refúgio em massa; que memória sua burocracia produziu sobre os refugiados do cone sul, e como, através dela, foi elaborada uma figuração específica do refugiado. Lembramos que, sobre cuja designação pesa ainda no presente uma ressignificação que tem como alvo desqualificar as figuras de vários homens e mulheres fora de lugar: imigrantes e refugiados por razões de sobrevivência econômica e não propriamente associados às motivações políticas.