O trabalho expõe resultados de uma pesquisa cujo objetivo foi investigar o lugar social da biografia esportiva na formação de professores/as de Educação Física em formação inicial, nos cursos superiores de três instituições de Florianópolis/Brasil: Universidades, Federal (UFSC) e do Estado (UDESC), e do Sul de Santa Catarina (UNISUL). As fontes principais foram depoimentos de acadêmicos/as, atletas (filiados a federações esportivas) e não-atletas (com alguma habilidade, mas sem destaque esportivo e/ou contato com o esporte), cruzadas, secundariamente, com fontes escritas [documentos curriculares]. Esporte, formação, memória, experiência, narrativa, foram conceitos aglutinadores importantes. Os depoentes apontam as experiências corporais na infância já relacionadas ao esporte; e revelam as ambigüidades no trato deste no contexto da formação, trilhando por caminhos que aludem ao uso regrado do corpo e á exigência de uma disponibilidade corporal para sua prática, bem como um reconhecimento moral versus um financeiro que ele possibilitaria. As fontes mostram que a valorização das experiências esportivas pregressas, da infância á escolha da formação na área, e/ou no próprio curso de formação inicial, são vistas como “formativas”. Podemos dizer que os sujeitos “formam-se”, em grande medida, por suas experiências, muitas delas vividas no âmbito esportivo