En español
En la conformación de los estados modernos, las instituciones educativas han ocupado un sitio epistemológico central. Desde este lugar ofrecen una formación musical cuyo perfil centralizado en el instrumento y el repertorio dio lugar al desarrollo superlativo de habilidades performáticas y discursos musicales vinculados a ella. Sin embargo, paralelamente, existen y se desarrollan otros tipos de prácticas musicales fuera de estas instituciones que promueven acciones relacionadas con el compartir y la participación, que adquieren otros significados y posibilitan otras concepciones de desarrollo y ampliación de capacidades en la praxis. Este trabajo estudia la diversidad de recorridos de formación y de los modos de asumir la actividad musical, por fuera de las lógicas del éxito académico y comercial. Notablemente los entrevistados habían tenido un paso conflictivo por la academia. Aquí analizamos las particularidades de esos conflictos. Nos centramos en: (i) las experiencias previas al ingreso a la institución, (ii) los aspectos de la vida académica que les generaron tensiones y (iii) el modo de resolverlas. Encontramos que la resolución satisfactoria de los conflictos depende de la gestión individual de cada sujeto fortalecida por sus motivaciones personales y experiencias previas. La institución resulta impermeable a estos niveles de conflictividad.
En portugués
Na conformação dos Estados modernos, as instituições educativas ocuparam um lugar epistemológico central. A partir deste lugar oferecem uma formação musical cujo perfil, centralizado no instrumento e no repertório, deu origem ao desenvolvimento superlativo das habilidades performáticas e dos discursos musicais a ela vinculados. Porém, ao mesmo tempo, existem e se desenvolvem outros tipos de práticas musicais fora dessas instituições que promovem ações relacionadas ao compartilhamento e à participação, que adquirem outros significados e possibilitam outras concepções de desenvolvimento e ampliação de capacidades na práxis. Este trabalho estuda a diversidade de percursos formativos e formas de assumir a atividade musical, fora da lógica do sucesso académico e comercial. Notadamente, os entrevistados tiveram uma passagem conflituosa pela academia. Aqui analisamos as particularidades desses conflitos. Focamos: (i) nas experiências anteriores ao ingresso na instituição, (ii) nos aspectos da vida acadêmica que geraram tensões e (iii) na forma de resolvê-las. Constatámos que a resolução satisfatória dos conflitos depende da gestão individual de cada sujeito, fortalecida pelas suas motivações pessoais e experiências anteriores. A instituição é imune a esses níveis de conflito.