Neste trabalho serão apresentados troncos fósseis da Formação Solimões (Neógeno), Rio Juruá, estado do Acre, Amazônia Ocidental, Brasil. Os exemplares provêem da região entre a cidade de Marechal Thaumaturgo e o limite com o Peru. Os principais antecedentes desta Formação são estudos geológicos e paleontológicos sobre a megafauna dos vertebrados e não são conhecidos trabalhos, exceto alguns resumos sobre a paleoflora desta Região da Amazônia. Este é um apenas um primeiro estudo de uma série de trabalhos que tem como objetivo avaliar a xilotafoflora da Formação Solimões. A primeira amostra analisada de tronco fóssil revelou porosidade difusa, vasos em maioria solitários, placas de perfuração simples, pontuações alternas e ornamentadas, parênquima axial do tipo paratraqueal, unilateral, vasicêntrico, aliforme e confluente, raios homogêneos Tipo I B de Kribs, 1-2 seriados, a este espécime relacionamos a subfamília das leguminosas (Fabaceae), mas estritamente as Caesalpinioideae. A segunda amostra fóssil revelou porosidade do tipo difusa, vasos em maioria solitários ou múltiplos (2-3-4), placas de perfuração simples, pontuações do tipo alternas, parênquima axial paratraqueal vasicêntrico escasso. Raios heterogêneos Tipo II B de Kribs com presença de tubos laticíferos e 1 cristal por célula nas células quadradas superiores e presença de fibras septadas, relacionando se assim a família Moraceae. O estabelecimento da vegetação atual da Amazônia sul Ocidental, ocorreu durante o intervalo Paleógeno - Neógeno, portanto a importância dos estudos paleofloristicos do Vale do Juruá são indispensáveis para o entendimento dos fatores que modelaram a origem da flora moderna, bem como os padrões de distribuição e sua diversidade.