O basalto é uma rocha ígnea fruto do esfriamento e endurecimento da lava vulcânica. Devido à natureza de sua formação, fundido sob alta temperatura, a literatura científica relata que seria muito pouco provável encontrar fósseis preservados nesse tipo de rocha. No entanto nas redondezas das instalações do "Proyecto Dino", as margens do Lago Barreales em Neuquén, Argentina, foi encontrado um seixo basáltico seccionado, no qual em cada face é possível observar a porção carbonática fóssil, além da impressão das ornamentações muito bem preservadas do que pode ser identificado como uma concha de um molusco bivalve da família Pectinidae. A rocha com o fóssil não é natural da região correspondente a costa do Lago Barreales. De acordo com o histórico do local, e o exato lugar onde foi encontrada a rocha-as margens da estrada que liga os diversos poços de gás da região onde a sede do projeto está instalada-a rocha provavelmente veio de uma pedreira próxima da onde os seixos basálticos para a pavimentação dessas estradas foram retirados. As rochas retiradas dessa mina são clastos transportados, muito arredondados, vindos do que é chamado rodado patagônico, do quaternário, que é fruto de uma erupção do vulcão Auca Mahuida, em Neuquén, durante o Plioceno. A interpretação possível para essa rara ocorrência é: a concha procede da ultima transgreção do Atlântico, durante o Paleoceno, que depositou sedimentos da formação Roca onde o fóssil primeiramente estava. Durante o Plioceno, a concha fóssil exposta pela erosão, e toda a região, teriam sido cobertos pelo derrame de lava do vulcão Auca Mahuida. Este basalto teria sido exposto e transportado por correntes superficiais, que produziram seu arredondamento e o depositou como um conglomerado pleistocênico posteriormente minerado. Estudos posteriores poderiam ajudar a esclarecer esse fenômeno e acrescentar a literatura um caso raro de um fóssil encontrado em uma rocha magmática.