O artigo tem como objeto de análise a adaptação da obra brasileira A Muralha, de Dinah Silveira de Queiroz. Encomendada à autora em homenagem ao IV Centenário da fundação da cidade de São Paulo (Brasil), a obra relata a violência vivida pelos primeiros habitantes da vila de São Paulo de Piratininga, no fim do século XVII. Romance histórico clássico, a obra é transposta para o meio audiovisual em comemoração aos 500 anos do Brasil, em 2000, com autoria de Maria Adelaide Amaral e direção geral de Denise Saraceni e Carlos Araújo. Devido à extensão da minissérie – 49 capítulos -, foi escolhido para análise apenas o primeiro episódio, colocado em comparação ao início do primeiro capítulo do livro. Como embasamento teórico, o trabalho apóia-se nos fundamentos da literatura comparada e na teoria da adaptação desenvolvida por Robert Stam, da qual se optou pelos aspectos ligados às modificações e permutas da história, personagens e contexto.