No final do século XIX e no início do século XX, principalmente a primeira década, a humanidade pensava-se na rota para o progresso, rumo à um horizonte no qual a harmonia reinaria soberana, e os problemas mais sérios, como a fome, a miséria, o «atraso», a «barbárie», seriam extintos.
Em nosso texto vamos tratar do fenômeno da modernidade na América Latina. Mais especificamente, vamos analisar os casos de São Paulo e Buenos Aires, cidades nas quais o ideal de modernização alcançou níveis consideráveis se comparados aos de outras cidades da região. Nosso objeto de estudo serão as revistas vanguardistas que circularam na década de 1920: as brasileiras Klaxon e Revista de Antropofagia, e as argentinas Proa e Martín Fierro.