A trajetória de exílio do autor e diretor teatral Augusto Pinto Boal foi marcada por várias de suas criações, onde se criticava a ditadura militar brasileira, fazia-se denúncia da tortura nos regimes autoritários da época, falava-se sobre as vivências de milhares de exilados e as demais histórias de pessoas com quem encontrava no exílio. Quiseram que se calasse, mas o exílio, apesar de todas as dificuldades e da amarga experiência, foi a possibilidade de fala naqueles anos de ditadura no Brasil: “Escutem, escutem. Eu não me calo. Eu não me calo. Escutem”.