Buscaremos analisar as tensões e as ambiguidades em torno da produção, divulgação e exibição do filme Actas de Marusia. Em primeiro lugar, contextualizaremos a indústria cinematográfica no governo de Luis Echeverría e a recepção do governo mexicano aos exilados latino-americanos no momento dos golpes militares no Cone Sul. Em seguida, veremos como se deu a produção do filme de Miguel Littín e o apoio do cineasta em resposta à recepção dos refugiados chilenos no México. Para finalizar, pretendemos analisar os discursos sociais do cineasta em torno da produção de Actas. Pretendemos analisar como foi possível que um cineasta de esquerda exilado tenha tido possibilidade de produzir um filme num momento em que o governo era criticado pelos cineastas nacionais que se manifestavam contra a política cinematográfica do PRI. E verificar também como Littin se relacionou com o governo de um partido responsável pelo massacre dos estudantes ocorridos recentemente.