Este estudo, em andamento, discute deficiência física, acessibilidade e patrimônio histórico e cultural na cidade de Ouro Preto/ Brasil. Para isso foi escolhido um equipamento não específico de lazer, o Adro da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, por localizar-se na região central; atender a dois interesses culturais do lazer, o artístico e o turístico; e por ser freqüentado por ouropretanos e turistas. Tem-se como objetivo refletir sobre acessibilidade arquitetônica nesse equipamento consoante as necessidades de preservação e conservação do patrimônio; compreender possibilidades de adaptação que não agridem a memória do lugar nem aos aspectos legais. Foi utilizada pesquisa bibliográfica; pesquisa de campo, com realização de observação direta, questionário e entrevista semi estruturada; e pesquisa documental. Constatou-se que os propostos na legislação federal sobre acessibilidade do deficiente e de preservação e conservação do patrimônio não possuem, em si, contradições, como é usualmente divulgado. Os impeditivos da realização de medidas que minimizem dificuldades de circulação do deficiente físico pela cidade, favoreçam a sua autonomia e possibilitem o direito à vivência do lazer apresentam-se especialmente na carência de conhecimento dessas leis e numa “negação” da dinamicidade sociocultural da cidade que pode promover mudança de paradigmas, possibilitando também ao deficiente físico vivenciar a cidade em suas diferentes funções: morar, circular, trabalhar e se divertir.