A figura do acrobata é central no espetáculo circense. Seu fascínio se deve à relação que estabelece com a morte, e pelo modo como leva ao extremo as possibilidades de movimentação do corpo. Contemporaneamente, é a protagonista de grande parte dos espetáculos da empresa mundialmente conhecida como Cirque Du Soleil.
Visando compreender essa centralidade do acrobata, considera-se aqui os escritos de Walter Benjamin sobre a história cultural do brinquedo e os seus pressupostos teórico-metodológicos da história memorialística do presente. A partir desses escritos, toma-se o corpo como brinquedo e o circo como uma brincadeira que tem a potencialidade de renovação pelo reconhecimento e produção de semelhanças entre animalidade e humanidade; e observa-se a imagem do corpo circense, veiculada em parte de um dos espetáculos do Cirque du Soleil, como ponto inicial para refletir sobre a percepção da finitude no contemporâneo.