Trata da organização esportiva proletária engendrada pela Federação da Juventude Comunista no Brasil (FJCB) entre os anos de 1928 a 1935.
Busca interrogar as referências e significados da organização do esporte na dinâmica do movimento dos trabalhadores, bem como suas características, suas definições e os limites de sua aceitação e negação vinculados aos ideais que representaram o esforço de reflexão de parte do proletariado organizado sobre aquele contexto crítico da sociedade brasileira. Aponta que a FJCB levou em consideração o alcance do esporte entre os trabalhadores, principalmente os jovens, e o revestiu de um discurso classista a favor do partido comunista.
Destaca que a organização de práticas corporais proposta pelos jovens comunistas privilegia o futebol e também considera que as associações de classe, como sociedades recreativas, clubes dançantes e associações esportivas, foram espaços de partilha de experiências e ideais de classe heterogêneos. Usa como fonte a documentação oficial da FJCB com o partido comunista e jornais, concluindo que não houve por parte dos comunistas a construção de uma crítica ao conteúdo interno do esporte e aos seus códigos.
A utilidade dos espaços esportivos, caracterizados como proletários, não serviu apenas para usufruto da prática, mas, também, como doutrinação política.
Entretanto, sem questionar os conteúdos e as formas de uso do esporte, aproveitando dele a aceitação e inserção entre os trabalhadores jovens.