Balizados em um contexto autogestionário, os empreedimentos econômicos solidários, perpassam por uma gestão com especificidades que possa garantir a licitude dessas instituições; para tanto, são constantemente desafiados pelas leis de mercado do sistema capitalista. Ao perceber a importância dessas instituições para uma parcela considerável da população brasileira e sua necessidade de empoderamento, a Secretaria Nacional de Economia Solidária cria uma base de dados, o Sistema Nacional de Informações de Economia Solidária (SIES) que realizou dois mapeamentos sobre esses empreendimentos: o primeiro ocorreu de 2007- 2009 e o segundo de 2010-2013. Nesta circunstância, a análise dos dados do Segundo Mapeamento Nacional (2010-2013) demonstra a realidade vivenciada no Brasil, um país caracterizado por inúmeras experiências associativas e com características singulares comparadas às demais realidades presentes no mundo. Com a ampliação de políticas públicas que visam promover o crescimento e a sustentabilidade dos empreendimentos econômicos solidários, diante do resultado do segundo mapeamento busca-se responder em que medida as estratégias organizacionais dialogam com as práticas democráticas atribuídas a estes empreendimentos.