Dentro de um rol de atividades de um Encontro Latino-Americano de Estudantes de Arquitetura (ELEA), que contemplam interesses vários e públicos diferentes, a Ação Urbana se destaca como a mais revolucionária. Partia da crença da transformação da realidade física, por meio da mobilização e conhecimento técnico, ainda que em pequena escala.
Porém sua verdadeira transformação se operava na própria visão das comunidades e principalmente nos estudantes de Arquitetura, apresentando outra visão do seu ofício. Uma inquietação movia aquela primeira geração internacional de estudantes que gestou os ELEAs: além de se encontrar, precisavam fazer algo juntos. Tal inquietação tomou forma nos Ateliês de Ação Urbana (Talleres de Acción Urbana), tendo como meta a huella construída. Os estudantes, naquele intenso e fugaz encontro, deixariam um resultado palpável, construído, sobre uma realidade qualquer da cidade-sede. Não é uma extensão universitária, porque não é protagonizada por Universidades. É uma extensão de universitários, feita exclusivamente por estudantes. Cada edição correspondia a respostas locais, com maior ou menor intensidade, ousadia e eficiência, a um vasto diálogo bioceânico que cobria um continente. Um diálogo que transcorreu entre 1995, quando do V ELEA Valparaíso, até 2001, no XI ELEA Montevideo. Essa história é a que se pretende contar.