O objetivo deste artigo é identificar a percepção de segurança em um parque urbano não cercado, o Parque Farroupilha, e em caso de um cercamento hipotético, por parte de três grupos relacionados ao parque: usuários do Parque Farroupilha que estavam praticando alguma atividade no local; moradores dos bairros do entorno do parque (Santana, Farroupilha, Bom Fim e Cidade Baixa); e comerciantes que exercem atividades em edificações do entorno, ambulantes do Parque Farroupilha, bem como expositores da Feira Ecológica/Brique Redenção. Adicionalmente, são revelados os locais do Parque não utilizados pelos respondentes por sentirem-se inseguros; as ocorrências criminais no Parque e nas proximidades; e a percepção de segurança no caso de um cercamento hipotético. Os dados foram coletados através de questionários e analisados através de testes estatísticos não-paramétricos. Ainda, foram utilizados dados sobre ocorrências criminais, coletados junto à Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul. Os resultados evidenciam que a percepção atual em relação à segurança no Parque Farroupilha para os três grupos é de nem seguro e nem inseguro, seguida por uma percepção de inseguro. Conforme a percepção destes grupos, o cercamento hipotético do Parque não aumentaria a percepção de segurança, ocorrendo justamente o inverso.