O artigo problematiza quais seriam as principais demandas para o ensino Educação Física escolar no capitalismo contemporâneo do ponto de vista hegemônico em que a centralidade nos processos educacionais é ocupada por disciplinas que possuem uma dimensão mais cognitiva, tais como Português e Matemática. Sendo assim, buscou-se apreender como a noção de competência vem assumindo a centralidade na esfera educativa ao mesmo tempo em que coloca os saberes e o conhecimento em segundo plano. Além disto, identificar e compreender como a tendência colocada acima, sob a égide de dois documentos oficiais: Relatório Jacques Delors no plano internacional e Parâmetros Curriculares Nacionais no plano brasileiro repercutem nos saberes a serem trabalhados pela Educação Física no atual momento histórico foi centralmente importante. A partir dos elementos trabalhados, chegou-se ao entendimento de que a Educação Física imediatamente não contribui para a formação exigida pela gestão de trabalho flexível, porém mediatamente sim, quando o trabalho pedagógico se volta, essencialmente, para a perspectiva de instrumentalizar os alunos para a resolução de problemas e a tomada de decisões acertadas ao longo da vida.