Este trabalho sistematiza resultados de uma pesquisa sobre jovens de camadas populares em relação à s redes de sociabilidades e aos processos de formação a que estão referidos como agentes que se movimentam em espaços urbanos marcados pela exclusão. Os jovens pesquisados são moradores da Região Leste de Goiânia (Goiás, Brasil), estudantes ou evadidos da escola, oriundos de famílias que possuem uma experiência recente de escolarização e de pais que exercem ocupações profissionais de natureza manual. Considera-se que a questão dos jovens nas sociedades contemporâneas tem assumido significativa relevância em estudos e pesquisas recentes, sobretudo porque os processos sócio-econômicos-culturais em curso nessas sociedades apresentam novos desafios para esse grupo etário e, por conseguinte para as instituições formadores que trabalham com esse agentes. Fundamentando-se na perspectiva teórica de Bourdieu, Raymond Williams e Paul Willis, entende-se que a constituição dos universos socioculturais juvenis realiza-se por um amplo leque de diversidades diante das condições materiais e simbólicas vividas: de agrupamento e organização, classes sociais, diferenças étnicas e religiosas, peculiaridades regionais e de gênero.