As transformações experimentadas pelos museus nas últimas décadas, dentre outros aspectos, têm contribuído para a incorporação de processos de avaliação e planejamento na agenda dessas instituições. A tomada de decisões e a adoção de condutas fundamentadas em diretrizes conceituais e procedimentais consagrados pelo campo museológico têm se tornado cada vez mais comuns, em detrimento das ações de caráter assistemático e casual, muitas vezes orientadas pelo capricho de gestores.
No Brasil, a formulação de uma política de museus, nos anos 2000, foi decisiva para legitimar a avaliação museológica como procedimento indispensável à qualificação dessas instituições. Dentre outras iniciativas1, a criação, em 2007, do Cadastro Nacional de Museus, estruturou, no âmbito federal, informações de mais de 3,4 mil museus brasileiros, constituindo-se em ferramenta estratégica para a formulação e aprimoramento de planos e de políticas públicas para o setor. Em 2011, o Instituto Brasileiro de Museus - IBRAM lançava o Guia dos Museus Brasileiros (BRASIL, 2011a) e Museus em Números (BRASIL, 2011b), publicações que divulgam dados e estudos estatísticos do setor nos âmbitos federal e estadual, desenvolvidos a partir das informações cadastrais.